António Fernandes |
Salvo se, quem a comparação faz, tem motivo de vida,
experiência pessoal ou outra com enquadramento ajustável, que lhe permita, com
autoridade moral, fazer essa comparação.
“Voando sobre um ninho de cucos” é: um grito de revolta
contra o sistema em defesa da liberdade mental e, sobre tudo, intelectual.
O ambiente escolhido é o de um hospício.
O personagem é o de um Homem aprisionado, não
propriamente o de um prisioneiro que, possuído de fenómenos
intra culturais em diálogo com a interculturalidade que o envolve e o
multiculturalismo do sistema, se debate... debate... e debate!
Não é um combate linear e muito menos eficaz. Mas, é uma
luta constante entre a ilusão e a realidade.
É um combate cultural que se desenrola nos meandros ocultos
da mente e da sua capacidade criativa.
Não fora a exacerbação extemporânea do indivíduo e, este
autentico "atentado" aos valores intrínsecos dos Homens que são: a
sua cultura, os seus valores e, atrever-me-ia a afirmar que não perceber os
contornos da temática explícita assim como o seu desenvolvimento daquilo que
está em causa na citada obra, tal, não é permissivo ao insulto à obra em si e,
muito menos, ao Humanismo descrito com a mestria reconhecida e, com motivos com
que muitas vezes somos surpreendidos, o que nos leva a pensar as sociedades
como máquinas trituradoras do indivíduo enquanto Ser a que acrescem danos irreparáveis
causados por esse insulto que atenta contra a inteligência Humana.
No âmbito da envolvente sociológica, o indivíduo tem um
vasto leque de direitos, também tem, no mesmo âmbito, obrigações equivalentes
para que, o equilíbrio social seja
justo.
No entanto, o cuco, é uma ave que se destaca pela negativa
familiar.
Usa ninho de outra ave para depositar os seus ovos e que
alimentará as suas crias.
Um comportamento socialmente reprovável mas que tem de ser
aceite com a naturalidade com que a Natureza se rege.
Um comportamento usual também, na espécie Humana, em
domínios específicos da sua hierarquia organizada em sociedade civilizada ou,
não.