10/09/2017

PIB



Rogério Pires 
O PIB e a forma de comunicar a variação e de como se vendem ilusões  que até os amigos da geringonça já vão cobrando

A geringonça valoriza muito o facto de divulgar que o PIB cresceu 2,9%  em período homologo. Ora é sabido que o 1º semestre de 2016 foi de  fraco crescimento pelo que a divulgação em período homologo é uma  ilusão apenas. Crescer alguma coisa partindo da comparação com um  valor baixo dá uma sensação errada de crescimento. Vamos então ver por  outro prisma. A variação em cadeia. Isto é comparar o crescimento  do  PIB do 2.º trimestre 2017 com o valor do 1.º trimestre 2017. Assim dá   uma variação de 0,3% e é, o mais baixo ritmo de crescimento da União  Europeia, a par do Reino Unido. Esta realidade é muito mais fiável,  pois demonstra aquilo que é mais importante, ou seja a que ritmo   

estamos a crescer e não como ilusoriamente se pretende fazer passar a  ideia de forte crescimento divulgando-o conforme interessa mais, neste  caso em período homologo. Isto é quando se toma como comparação o  período homologo de baixo crescimento e consequentemente baixo valor é  sempre mais benéfica a divulgação do resultado em período homologo  como é o caso de 2,9% do 1.º Semestre de 2017 em período homologo ou  seja comparado com o 1.º semestre de 2016 em que tinha crescido apenas  0,9% homologo e exactamente os mesmo 0,3% em cadeia. Ora assim sendo o  que fica claro é que em 2017 o PIB português está de facto a crescer,  mas a igual ritmo de 2016, 0,3% muito baixo portanto, daí estar no fim  da tabela a par do Reino Unido, dos mais baixos ritmos de crescimento  da UE. A arte de bem enganar os portugueses, excelentemente usada pela geringonça que a veicula e amplia na comunicação social sempre pronta  a dar apenas as boas noticias nem que para tal sejam apenas meias  verdades desde que a meia verdade seja a mais agradável omitindo a  outra meia verdade, vai vendendo ilusões a que os portugueses estão a  responder com um novamente e galopante endividamento. Um filme já  visto com um final demasiadamente conhecido ma infelizmente também já  esquecido por uma boa parte dos portugueses. Falta urgentemente, uma  chamada de atenção por quem tem o dever e a obrigação de alertar os  portugueses, para tão grande perigo a que voltam a estar sujeitos e  isto compete obviamente ao Senhor Presidente da Republica.