Rogério Pires |
A geringonça valoriza muito o facto de divulgar que o PIB cresceu 2,9% em período homologo. Ora é sabido que o 1º semestre de 2016 foi de fraco crescimento pelo que a divulgação em período homologo é uma ilusão apenas. Crescer alguma coisa partindo da comparação com um valor baixo dá uma sensação errada de crescimento. Vamos então ver por outro prisma. A variação em cadeia. Isto é comparar o crescimento do PIB do 2.º trimestre 2017 com o valor do 1.º trimestre 2017. Assim dá uma variação de 0,3% e é, o mais baixo ritmo de crescimento da União Europeia, a par do Reino Unido. Esta realidade é muito mais fiável, pois demonstra aquilo que é mais importante, ou seja a que ritmo
estamos a crescer e não como ilusoriamente se pretende fazer passar a ideia de forte crescimento divulgando-o conforme interessa mais, neste caso em período homologo. Isto é quando se toma como comparação o período homologo de baixo crescimento e consequentemente baixo valor é sempre mais benéfica a divulgação do resultado em período homologo como é o caso de 2,9% do 1.º Semestre de 2017 em período homologo ou seja comparado com o 1.º semestre de 2016 em que tinha crescido apenas 0,9% homologo e exactamente os mesmo 0,3% em cadeia. Ora assim sendo o que fica claro é que em 2017 o PIB português está de facto a crescer, mas a igual ritmo de 2016, 0,3% muito baixo portanto, daí estar no fim da tabela a par do Reino Unido, dos mais baixos ritmos de crescimento da UE. A arte de bem enganar os portugueses, excelentemente usada pela geringonça que a veicula e amplia na comunicação social sempre pronta a dar apenas as boas noticias nem que para tal sejam apenas meias verdades desde que a meia verdade seja a mais agradável omitindo a outra meia verdade, vai vendendo ilusões a que os portugueses estão a responder com um novamente e galopante endividamento. Um filme já visto com um final demasiadamente conhecido ma infelizmente também já esquecido por uma boa parte dos portugueses. Falta urgentemente, uma chamada de atenção por quem tem o dever e a obrigação de alertar os portugueses, para tão grande perigo a que voltam a estar sujeitos e isto compete obviamente ao Senhor Presidente da Republica.