Rentrée do Clube dos Pensadores
Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores ( CdP),
convidou Paula Teixeira da Cruz, antiga Ministra da Justiça, para estar presente
na apresentação/debate do livro DEMOCRACIA mudança, que se realiza dia 18 de
Setembro ( segunda-feira), pelas 21h30, no Hotel Holiday Inn em
Gaia.
Preocupa-me
muito o sistema político português e a forma como se faz política em Portugal.
Os casos de corrupção, a desresponsabilização política e o à - vontade com que
os seus actores encaram esta situação, parecendo que tudo é normal e natural.
Procuro
fazer alguma coisa pela cidadania e
dar o meu humilde contributo pensando um pouco na política e prestando-lhe
alguma atenção. Deste modo, vou apresentar o livro, DEMOCRACIA
mudança, publicado pela Quinto Império Editora. É preciso
reinventar
a democracia e o funcionamento dos partidos. A nossa democracia precisa de
mudança.
O sistema político precisa de mudança: nova lei dos
partidos políticos; nova lei do financiamento dos partidos; novas leis
eleitorais.
Luto
por uma mudança de mentalidades e comportamentos e uma revolução pacífica de
ideias.
A democracia não consiste unicamente em votar. Votar é uma
condição necessária mas insuficiente para a democracia. Votar é uma maneira
muito pobre de intervir.
A democracia apesar de ser o melhor modelo político enferma de
defeitos, entre eles: abstenção e mau funcionamento da justiça.
A abstenção é um problema da nossa democracia. Culpa dos
partidos que não se abrem à sociedade e não fazem as escolhas dos seus
candidatos que vão de encontro ao desejo dos eleitores.
Não há democracia sem justiça. É preciso que os cidadãos
interiorizem que a justiça funciona.
Vivemos num país que carece de princípios
morais para condenar os infractores. A corrupção floresce graças à tolerância de
pessoas que rodeiam o corrupto, pensando em beneficiar dessa situação, e de
seguida, fazer os seus negócios.Mas, não posso deixar de reconhecer,
desde que Paula Teixeira da Cruz foi Ministra da Justiça, houve uma mudança de
paradigma. Uma separação efectiva, entre
a justiça e a política. Muitos poderosos têm que se ver
com a justiça e irão a tribunal, ao ponto, que há uns anos atrás era impensável
um ex-primeiro-ministro ter sido preso e arguido em vários
processos.
Com a bravura, tenacidade, denodo e estoicismo desta Mulher esbateu-se a
ideia que há uma justiça para ricos e outra para pobres. A justiça deve ser
única e deve ter como primado a igualdade de todos perante a
lei.
Joaquim
Jorge
Biólogo, Fundador do Clube dos
Pensadores