08/04/2014

O DEBATE DE IDEIAS... COM ARMÉNIO CARLOS


Daniel Braga
     Também fui ao debate ontem no CdP. Confesso que ponderei bastante a ida, não porque tivesse alguma coisa contra o líder da Intersindical, mas apenas porque muitas das suas ideias são algo de que não comungo nem subscrevo. Mas fui, pelo CdP e por achar que deveria ir ouvir alguém com ideias diferentes das minhas. E não me arrependo! Encontrei uma pessoa simpática, cordata no seu trato, mas reservada e um líder convicto no que dizia e escorreito na explanação das suas ideias defendendo-as e justificando com denodo e determinação as suas escolhas e os seus porquês. Não vou falar do debate em si que penso ter sido clarificador apesar de tudo, onde cada um debateu como quis e defendeu as suas ideias sem problema de espécie algum. No entanto...e nestas coisas há sempre um mas...parece haver gente neste País, que ao fim de 40 anos de liberdade e democracia, ainda não entendeu o seu significado e não percebeu que no confronto de ideias há sempre duas partes-a concordante e a discordante - e que ambas devem ser tidas em conta e respeitadas. E onde também existem regras para que qualquer debate decorra com civilidade e sem atropelos, com observância desse respeito mútuo por parte de todos. O que não pode é haver uma meia dúzia, que ao abrigo de se considerarem elas próprias donas da verdade e da liberdade, não respeitem o Clube e todas as outras pessoas que lá se deslocaram e se dignem achincalhar em casa alheia não respeitando um espaço de discussão e de debate que é de todos, mas onde existem regras que devem ser observadas e acatadas. E quem não gostar só tem uma coisa a fazer: não aparecer. Porque o debate de ideias faz-se com liberdade, mas também com a observância de normas, faz-se com discussão construtiva, mas também ouvindo o outro e, sobretudo, sabendo que a minha liberdade é sempre condicionada pela liberdade do outro. É assim em democracia, num País que vive em liberdade vai para 40 anos, mas onde uns tantos ainda não entenderam que a democracia é válida para todos sem exceção, quer sejam de Esquerda, Direita, monárquicos, maçons, da Opus Dei, laicos, católicos ou coisa nenhuma...