Portugal por ter voltado aos mercados tem um impacto positivo e passa uma mensagem de confiança para fora ( Europa), mas também para dentro ( portugueses: famílias, empresas). Este sucesso não se reflecte imediatamente nos portugueses , por isso a importância é relativa .
Isto permite-nos arrecadar dinheiro para a amortização em Setembro ,sem recurso ao financiamento, mais um ponto em que Portugal cumpre o programa.
O défice vai ficar nos 5% ( défice ainda provisório) , apesar de menos receita fiscal, menos despesa e investimento. Mas só se consegue com ajuda de receitas extraordinárias provenientes da venda da concessão da ANA .
Porém a dívida continua a crescer menos com estes cortes brutais . A dívida pública supera os 120% do PIB. Não conseguimos consolidar as contas públicas e crescer .
Não se deve e não se pode entrar em euforia . A taxa de juro próxima de 5% no regresso aos mercados pode não ser sustentável . É mais alta do que aquilo que a troika e está muito acima para haver crescimento na economia.
O montante emitido de 2500 milhões de euros foi bom, mas é muito pouco para quem em 2014 terá de renovar 13.810 milhões de dívida de médio e longo prazo .
Terão que se seguir novas operações a 10 anos. Vamos ver , para já é um bom prenúncio...