O Governo deveria admitir várias vezes que as coisas não vão como esperava .Este ano de 2012 foi um fracasso e augura-se que as coisas ainda vão piorar para 2013. Muita gente acusa-me de pessimista e que enquanto há vida , há esperança e que tenho saúde. Ora bolas viver é ter saúde mas há muito mais coisas para além da saúde! Aliás já não sei quando não tiver saúde se serei tratado devidamente num espaço público.
A herança recebida é uma justificação e estas medidas têm dado alguns frutos : redução do défice; melhoria significativa da balança de transacções correntes; maior confiança dos nossos parceiros europeus.Mas não chega. Eu sei que os efeitos das medidas deste governo não são instantâneos , mas a continuação desta "motosserra politica" não nos vai conduzir a lado nenhum , a não ser, ao abismo.
Os resultados desta politica seguida pelo Governo não se vêem . Cresce a decepção,muita gente está impaciente , muitos deixam-se levar pelo descrédito e desespero e começam a pensar em quem votar ou não irem votar.
A aplicação destas medidas e das que aí vêm , não têm resultado. Como diz Luís Valadares Tavares, ex-presidente do Instituto Nacional da Administração,o governo não conhece a função pública. Há pouco conhecimento da máquina da administração pública. Em 2012, houve
uma grande preocupação em reduzir a despesa pública. De acordo com os dados da
Direcção-Geral do Orçamento, as despesas de pessoal na administração directa,
institutos públicos, regional, local e segurança social representarão no final
deste ano 15 mil milhões de euros, menos 14% do que em 2011. Enquanto isso, as
aquisições de bens e serviços – viagens, telecomunicações, serviços de
segurança, etc – atingirão os 22 mil milhões de euros, ou seja, mais 17% do que
em 2011.
Assim não vamos lá...
Há um esforço descomunal da sociedade e principalmente dos funcionários públicos . Porém com a nova reforma laboral como diz Bagão Félix , mal será de uma país que acha que o seu futuro em termos económicos , está em despedir mais barato e mais depressa.
Procuro compreender e ser moderado nas minhas criticas a este governo, mas com todo o respeito estou a perder a calma e não aceito mais sacrifícios . Se tiver que haver mais sacrifícios o governo que comece por si : cortes nos seus salários em 30% , cortes e mais cortes a começar por cima e não por baixo.
Sou português e gosto de Portugal mas não confio em mais ninguém , só no que vejo e não creio no futuro.