07/04/2010

REFORMAS

Joaquim Jorge


Os pedidos de reforma dos funcionários públicos aumentaram significativamente neste início de ano. Depois da apresentação do OE de 2010 a corrida desenfreada à reforma foi impressionante. De que é que estavam à espera? Os funcionários públicos e qualquer cidadão fariam o mesmo . Mais vale um pássaro na mão que dois a voar.É preferível vir com uma reforma , apesar de tudo razoável do que vir com nada ou quase nada. O Estado não é uma pessoa de bem , não honra a palavra e o compromisso. O que ontem era verdade , hoje é mentira. Não se pode confiar nele.

Daí toca a vir embora antes que se faça tarde.
O Governo ou quem nos governou nos últimos quinze anos se tivessem feito uma alteração atempada e faseada no tempo , permitindo aos funcionários programarem a sua vida . Verdade seja dista, que Ferro Rodrigues como Ministro tentou implementar estas alterações até meados de 2023 , permitindo a quem estava perto dos 50 anos e na casa dos 50 anos ir progressivamente e não de uma forma brusca escolher o melhor momento para se aposentar.
Agora ao fazerem estas alterações às regras desta forma desabrida e súbita não havendo perspectivas de progressão na carreira os funcionários preferiram vir aposentados com um corte na pensão . Mais tarde o corte será muito maior e a idade da reforma não se ficará pelos 65 anos, mas aumentará a curto prazo para 67 anos.
O que se arranjou com esta áspera e inesperada alteração no cálculo da aposentação foi a falta de médicos, funcionários de impostos ,na segurança social , etc. Uma coisa interessante é que não há falta de governantes...