Miguel Mota
O Prof. Daniel Bessa persiste no erro (para que já há tempos chamei a atenção) quando diz "Não vejo outra solução que não seja aumentar o conteúdo tecnológico das exportações portuguesas" (Público de 4-1-2010).
Eu vejo. Como repetidamente tenho indicado, muito mais fácil que exportar mais (que depende de outros quererem os nossos produtos) é não ter de importar avultadas quantidades de produtos que aqui devemos ser capazes de produzir e às vezes de melhor qualidade e a mais baixo preço. É provável que haja outros sectores em que essa regra se aplica, mas um em que tenho a certeza que tal é evidente é a agricultura. Que Portugal importe bananas e mangas, compreende-se. Mas ter os nossos supermercados com quantidades astronómicas de batatas, cebolas, cenouras, alhos, alfaces, tomates, pimentos, feijão verde, melões, melancias, laranjas, limões, ameixas, pêssegos, nêsperas, maçãs, peras, uvas, morangos, etc.,etc., etc., vindos, às vezes de bem distantes terras é a consequência directa - e bem prejudicial! - da destruição da agricultura (e, portanto, da economia) levada a cabo por vários ministros e com especial intensidade pelo que há pouco cessou funções. Uma agricultura eficiente como a que podíamos e devíamos ter, ainda exportaria mais do que actualmente.
O Prof. Daniel Bessa persiste no erro (para que já há tempos chamei a atenção) quando diz "Não vejo outra solução que não seja aumentar o conteúdo tecnológico das exportações portuguesas" (Público de 4-1-2010).
Eu vejo. Como repetidamente tenho indicado, muito mais fácil que exportar mais (que depende de outros quererem os nossos produtos) é não ter de importar avultadas quantidades de produtos que aqui devemos ser capazes de produzir e às vezes de melhor qualidade e a mais baixo preço. É provável que haja outros sectores em que essa regra se aplica, mas um em que tenho a certeza que tal é evidente é a agricultura. Que Portugal importe bananas e mangas, compreende-se. Mas ter os nossos supermercados com quantidades astronómicas de batatas, cebolas, cenouras, alhos, alfaces, tomates, pimentos, feijão verde, melões, melancias, laranjas, limões, ameixas, pêssegos, nêsperas, maçãs, peras, uvas, morangos, etc.,etc., etc., vindos, às vezes de bem distantes terras é a consequência directa - e bem prejudicial! - da destruição da agricultura (e, portanto, da economia) levada a cabo por vários ministros e com especial intensidade pelo que há pouco cessou funções. Uma agricultura eficiente como a que podíamos e devíamos ter, ainda exportaria mais do que actualmente.