Joaquim Jorge
Se fosse feito em Portugal um estudo num Centro de Investigação Sociológico como se verificou recentemente em Espanha , não seria nada surpreendente que entre os principais problemas de Portugal , seriam com certeza a «classe política» e os«partidos políticos». Em Espanha foi essa a conclusão tirada. Em Portugal seria idêntica depois de tantos anos de crispação , confusões, broncas, escândalos , novas descobertas de casos de corrupção e da falta de entendimento e unidade perante a maior crise económica que sofremos em décadas. As principais preocupações dos portugueses são o desemprego,economia mas também os políticos , o seu descontentamento com quem se dedica à «coisa pública» tem vindo a crescer porque são os representantes do povo e aqueles que têm nas suas mãos a capacidade de reverter o estado de coisas a que chegamos. Os cidadãos ficam atónicos,frente à pilhagem e utilização de dinheiros públicos,enriquecimento pessoal, o desbaratar os recursos financeiros e a impúdica demonstração da falta de controle por parte das instituições.
Todavia os políticos , principalmente próximo de actos eleitorais relacionam-se sempre com os cidadãos com extremo cuidado procurando dar sinais de satisfazer os seus intentos. Todavia rapidamente se dissipa provocando a ira e desprezo pela falta de honra na palavra e no compromisso. Os políticos preocupam-se mais com os seus interesses partidários que pelo bem-estar geral. Resolver os problemas de todos , são vistos como um problema - veja-se a dificuldade de chegar acordo para resolver a grave crise que atravessamos. É o cúmulo!
Mas esta falta de confiança nos políticos e a má fama que têm , é um problema da própria sociedade . A falta de capital social deve-se ao pouco empenho e implicação no colectivo em detrimento do individual , ao escasso sentido comunitário e o desinteresse por tudo quanto seja política. O nosso obstinado e teimoso sectarismo contra os políticos , o exíguo enraizamento de responsabilidade individual e assacar as culpas sempre aos políticos quando as coisas vão mal. BaracK Obama parafraseando um discurso de Kennedy disse e bem: "não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, mas sim o que tu podes fazer pelo teu país". Este pouco apreço pelo público manifesta-se ao nível local. As virtudes da cidadania medem-se pela predisposição em fazer pelos interesses gerais , os nossos "privatizados" concidadãos só acordam e olham para a política quando alguma decisão tomada lhes afecta o bolso ou interesses.
Devemos ter em conta as dificuldades de governar uma sociedade tão plural, corporativa e fragmentada como é a nossa. Antes de estarmos sempre a desclassificar , convém distinguir entre uns e outros , identificar com clareza quais são as causas do nosso desapego e a nossa própria responsabilidade neste estado de coisas. É difícil que haja políticos de baixa qualidade numa sociedade de cidadãos exigentes . Exigentes, não só, para questões pessoais mas também para a realização do bem comum alicerçado em valores em que nos reconheçamos todos , como a liberdade, a segurança e a estabilidade, isto é, o interesse geral não seja só palavras.
Os cidadãos não só devem exigir explicações , mas também mais clarificação . Os políticos têm que saber explicar cada política , cada decisão,com os seus acertos e dificuldades. Daí ,não sei quem são piores, os políticos ou os cidadãos?
Se fosse feito em Portugal um estudo num Centro de Investigação Sociológico como se verificou recentemente em Espanha , não seria nada surpreendente que entre os principais problemas de Portugal , seriam com certeza a «classe política» e os«partidos políticos». Em Espanha foi essa a conclusão tirada. Em Portugal seria idêntica depois de tantos anos de crispação , confusões, broncas, escândalos , novas descobertas de casos de corrupção e da falta de entendimento e unidade perante a maior crise económica que sofremos em décadas. As principais preocupações dos portugueses são o desemprego,economia mas também os políticos , o seu descontentamento com quem se dedica à «coisa pública» tem vindo a crescer porque são os representantes do povo e aqueles que têm nas suas mãos a capacidade de reverter o estado de coisas a que chegamos. Os cidadãos ficam atónicos,frente à pilhagem e utilização de dinheiros públicos,enriquecimento pessoal, o desbaratar os recursos financeiros e a impúdica demonstração da falta de controle por parte das instituições.
Todavia os políticos , principalmente próximo de actos eleitorais relacionam-se sempre com os cidadãos com extremo cuidado procurando dar sinais de satisfazer os seus intentos. Todavia rapidamente se dissipa provocando a ira e desprezo pela falta de honra na palavra e no compromisso. Os políticos preocupam-se mais com os seus interesses partidários que pelo bem-estar geral. Resolver os problemas de todos , são vistos como um problema - veja-se a dificuldade de chegar acordo para resolver a grave crise que atravessamos. É o cúmulo!
Mas esta falta de confiança nos políticos e a má fama que têm , é um problema da própria sociedade . A falta de capital social deve-se ao pouco empenho e implicação no colectivo em detrimento do individual , ao escasso sentido comunitário e o desinteresse por tudo quanto seja política. O nosso obstinado e teimoso sectarismo contra os políticos , o exíguo enraizamento de responsabilidade individual e assacar as culpas sempre aos políticos quando as coisas vão mal. BaracK Obama parafraseando um discurso de Kennedy disse e bem: "não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, mas sim o que tu podes fazer pelo teu país". Este pouco apreço pelo público manifesta-se ao nível local. As virtudes da cidadania medem-se pela predisposição em fazer pelos interesses gerais , os nossos "privatizados" concidadãos só acordam e olham para a política quando alguma decisão tomada lhes afecta o bolso ou interesses.
Devemos ter em conta as dificuldades de governar uma sociedade tão plural, corporativa e fragmentada como é a nossa. Antes de estarmos sempre a desclassificar , convém distinguir entre uns e outros , identificar com clareza quais são as causas do nosso desapego e a nossa própria responsabilidade neste estado de coisas. É difícil que haja políticos de baixa qualidade numa sociedade de cidadãos exigentes . Exigentes, não só, para questões pessoais mas também para a realização do bem comum alicerçado em valores em que nos reconheçamos todos , como a liberdade, a segurança e a estabilidade, isto é, o interesse geral não seja só palavras.
Os cidadãos não só devem exigir explicações , mas também mais clarificação . Os políticos têm que saber explicar cada política , cada decisão,com os seus acertos e dificuldades. Daí ,não sei quem são piores, os políticos ou os cidadãos?