14/06/2009

JOSÉ SÓCRATES


Joaquim Jorge

Tem uma semana complicada e está a perder o controle da "coisa" , mas não é homem para deitar a toalha ao chão. Segunda-feira tem a reunião da comissão política ,mas essa trata ele bem , os seus correlegionários cuidarão de pôr água na fervura e manter a calma . O lema é seguir o rumo não interessa os icebergs , o Titanic ( versão PS ) , tão perto das eleições não pode alterar o rumo. A reunião do Conselho de Estado pouco passará para a opinião pública - é à porta fechada . Mas o verdadeiro teste depois das eleições europeias é na próxima quarta-feira a moção de censura apresentada pelo CDS/PP . Não vou aqui analisar a oportunidade desta moção , mas José Sócrates irá com certeza ser confrontado com os resultados periclitantes do PS , será uma oportunidade de Paulo Rangel o encostar à parede e dizer em voz alta que tinha razão de sobra em função do que dizia. Se , José Sócrates tivesse ao longo desta legislatura não ter querido ser o único e exclusivo protagonista nestes debates , tinha oportunidade de se refugiar e preservar deste confronto . Assim é vítima da sua própria estratégia : «Eu» , «depois Eu» e «sempre Eu».