09/04/2009

A liberdade de convidar Guilherme Pinto


Mário Russo

O Clube dos Pensadores através de Joaquim Jorge fez um convite a Guilherme Pinto, actual presidente da Câmara Municipal de Matosinhos em boa hora e tal convite não pode ser questionado por ninguém, sob pena de se por em causa a liberdade que há tanto tempo se vem consolidando dia a dia e que o Clube tem praticado.

Sinto-me desconfortável com o teor de alguns comentários sem nexo e sem educação, próprios de controleiros de ditaduras. No entanto, conhecendo a alma humana e em particular dos portugueses, não tenho dúvidas que aqueles que se insurgem contra este convite, são contra a liberdade e estão a fazer um mau serviço a Narciso Miranda, apesar de julgarem que estão a prestar-lhe um grande serviço.
Certamente Narciso Miranda não concorda com estas atitudes, pois é um combatente que nunca teve medo de enfrentar desafios. Foi assim no passado e tenho a certeza que será no futuro.

Mas como sabemos, Salazar fez muitos salarzinhos que cometeram as maiores barbaridades. O lambebotismo faz seres anões. Veja-se os casos dos socratezinhos, que são mais papistas que o papa, sempre à revelia do seu "chefe". Nestes casos o "chefe" não tem culpa dos excessos dos lambe-botas. Narciso ao perfilar-se para um cargo com poder (para distribuir) é rodeado de oportunistas que querem mostrar serviço. É o que se está a passar.

Narciso Miranda tem de mostrar que tem freio sobre essa “tropa” também é uma verdade incontornável, sob pena de pactuar. Deve tocar a reunir e dar instruções de comportamento democrático, pois só lhe fica bem.

Se tal não acontecer até se pode legitimamente interpretar que há medo da vinda de Guilherme Pinto a terreiro defender o seu projecto para Matosinhos e pode ser injusta a apreciação.
Para quem gosta de Matosinhos, o que importa são as boas ideias para levar ao contínuo progresso deste município e não questiúnculas pessoais, menos ainda a baixaria de comentários boçais de lambe-botas perfilados como vampiros para atacar o poder público.

Joaquim Jorge fez muito bem convidar GP, como o fez a tantas personalidades de todos os quadrantes da sociedade, numa demonstração que neste aspecto ninguém lhe pode dar lições de democracia.
Quem convida de Paulo Portas, Santana Lopes e Alberto João Jardim a Garcia Pereira, Francisco Louçã e Carvalho da Silva, para além de Vitor Baia, Ricardo Costa, Miguel Beleza, Hermínio Loureiro, Guilherme Aguiar, entre muitos outros, deve merecer o nosso aplauso pelo contributo civilizacional e de cidadania que nos tem propiciado.