04/04/2009

A culpa não é da crise internacional, é das politicas erradas "


António Costa

Foi esta semana anunciado pela ACAP, que o mercado português de comércio de automóveis teve no primeiro trimestre deste ano uma quebra de 42% face ao período homólogo de 2008. Num país em que o mercado laboral e as exportações dependem muito do sector automóvel, as iniciativas de estimulo à procura de automóveis não são aplicadas. Seria prudente e necessário elaborar urgentemente incentivos e minorar a carga fiscal, de maneira a criar condições de dinamismo no sector. Os despedimentos estão acontecer em massa e a formação não é, e nunca foi solução em nenhum país desenvolvido como forma de evitar despedimentos, serve apenas para retardar o inevitável. Distribuir dinheiro para as pessoas ficarem paradas, é ERRADO ! Profissionais parados não geram receita para o estado e riqueza para o país. Os governantes têm de perceber que os portugueses não importam automóveis. Somos apenas uma das partes mais importantes envolvidas no processo, fabricamos os componentes e as ferramentas para a indústria automóvel, e isto representa uma fatia muito importante para o nosso produto interno bruto. Está-se a condenar um sector essencial para a economia e que dá tanto emprego em Portugal. Vejam só como os nossos governantes são inteligentes, no inicio do ano a carga fiscal sobre veículos voltou a aumentar, ou seja, em vez de se incentivar a compra de veículos, faz-se o exactamente ao contrario. Faz-me lembrar aqueles gananciosos que querem apanhar tudo mas no final ficam sem nada. Os governantes continuam a ser os responsáveis pela precariedade laboral existente, pois continuam a degradar cada vez mais as condições da classe laboral, não favorecendo em nada a criação sustentável de emprego. As politicas erradas e a falta de compromisso do estimulo económico, estão aniquilar o principal motor da economia portuguesa.