Joaquim Jorge
A morte perante a televisão , numa clínica Suíça de Craig Ewert , professor de 59 anos , com uma doença incurável poderá dar um novo impulso ao debate sobre o suicídio assistido .
O dar na televisão , não é novidade , já aconteceu com Ramón Sampedro em Espanha. Como o aborto está despenalizado e regulamentado assim deveria acontecer com a eutanásia. Um referendo sobre este assunto não é despiciendo . Quem nos governa deve reabrir o debate sobre este assunto para obstar à angústia de quem sofre uma doença que há deteriorado até ao limite do insuportável a sua qualidade de vida. Deve-se viver com dignidade mas também morrer com dignidade. Num estado democrático não é admissível a classe médica por motivos religiosos ou morais manter em estado vegetativo doentes incuráveis e terminais num sofrimento contínuo e para nada. Existe uma clara falta de vontade política e um referendo afirmativo do direito a ter uma morte sem sofrimento e feliz , evitaria este espectáculo degradante perante as câmaras. Deveria ser permitido como direito pessoal ,de foro íntimo morrer com respeitabilidade.
citado no JN na rubrica blogues dia15/12/2009 página25