Hoje, as gasolineiras irão provavelmente ter uma quebra de receitas por via da menos compra de combustíveis. Não irão receber tanto como num sábado normal, mas ontem, sexta-feira, e no domingo, lá terão a compensação.
Na verdade este boicote não tem, hoje, muita razão de ser. Os preços já baixaram, andam agora em alguns postos a cerca de 1,30 euros (gasolina 95), embora esse facto não vá durar muito tempo, e, durante a fase dos preços altos, em que chegou a custar mais de 1,5 euros o litro na Galp, quem queria, podia comprar essa mesma gasolina sempre com preço inferior a 1,45 euros.
A Deco, entidade das mais respeitáveis, com um percurso exemplar na defesa dos consumidores, conta com o apoio do público e de algumas empresas, e se algum benefício vai ter nesta acção, não será mais do que o mostrar às pessoas que anda mais ou menos atenta ao que se passa no nosso país. E só mais ou menos, porque este protesto teria muita razão de ser há uma semana e pouco atrás. Agora perdeu muita da oportunidade.
Hoje é dia de boicote.
Não sei bem para que serve, não sei bem que real objectivo alcançará, e também não sei bem se vai ter o sucesso esperado pelos promotores. O que sei é que as gasolineiras não vão deixar de vender nem um mililitro de gasolina ou de gasóleo.
Mais uma vez, a montanha vai parir, mas o rato até que é dos mais pequenos.
José Magalhães
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