Mário Russo
O encerramento deste 5º Ciclo de debates no Clube dos Pensadores foi de grande nível e, aqui gostaria de reforçar os meus agradecimentos a Joaquim Jorge por proporcionar-me (nos) este alto convívio estimulante com pessoas de grande nível intelectual e político. Trata-se de um fórum de liberdade que nos aguça e estimula a inteligência. Aprendo sempre algo não apenas nas sessões de debate, mas nas conversas de corredor.
Debateram-se ideias sobre Portugal. Teceram-se propostas sobre desígnios para os portugueses. Questionaram-se tomadas de posição política de alguns dos intervenientes com elevadas responsabilidades (actuais ou no passado) na vida nacional. Falaram distintas pessoas de quadrantes à esquerda, extrema-esquerda, do centro e da direita. Comunistas, socialistas, sociais-democratas, liberais, enfim, todos foram respeitados nas suas posições e assim é digno de registar.
Vicente Jorge Silva e Nassalete Miranda, convidados especiais do Clube dos Pensadores e Joaquim Jorge, seu fundador, a que se juntaram da plateia: Paulo Morais, Garcia Pereira, Narciso Miranda, João Teixeira Lopes e o médico Pinto da Costa, deram o mote ao desafio que era dissertar sobre o “Projecto Político para Portugal”. A plateia interagiu bem e questionou alguns dos políticos presentes e fez sugestões.
Luís Filipe Menezes justificou a sua ausência através de uma missiva lida por Joaquim Jorge. Pressões politico-partidárias a isso o obrigaram, exactamente aquilo que não sentimos no Clube da verdadeira liberdade. Pessoalmente julgo que não retirou qualquer brilho ao debate e até nem se notou a sua falta.
Algumas pessoas têm vindo a questionar o Clube no sentido de actuar e não apenas debater, debater e nada fazer, pese embora tantos diagnósticos e tantas propostas, tantas queixas dos actuais políticos, etc. O que fazer com esta mobilização cívica?
Julgo que a virtude do Clube é exactamente essa. Aglutinar os diferentes, que têm mostrado que existem pontos que os unem, para debater assuntos e problemas do nosso tempo e deste modo formar opinião válida, difundindo-a nos mais variados espaços de vivência, não necessariamente para se organizar em plataforma política capaz de reivindicar um lugar em pleito eleitoral.
Parabéns JJ, por mais este excelente debate.
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