Mário Russo
A crise dos combustíveis acabou de aprisionar José Sócrates que capitulou perante as reivindicações corporativas, quando poderia ter tomado medidas de carácter geral em benefício da economia.
Atrevo-me a propor uma análise económica à situação de crise que se vive, correndo o risco calculado de entrar por seara alheia:
O Estado precisa de arrecadar fundos para cumprir a sua missão social e fá-lo através de impostos (sobre o consumo e os rendimentos). Arrecadará tanto mais, quanto mais forte for a economia;
Nesse sentido, cabe ao governo pugnar para que a economia seja forte. Ora, se o preço do petróleo passar a ser o elemento que reduz a actividade económica, contaminando preços, deve ser sobre este bem que o governo deveria incidir a sua acção, dado que tem alguma margem de manobra, pois metade do seu valor no mercado, são impostos directos.
Vale referir que a arrecadação de impostos sobre produtos petrolíferos está a diminuir por diminuição do consumo, mas não beneficia a economia, nem o espírito de paz social. Seria melhor diminuir o imposto, beneficiando a todos, sem excepções, não dando margem às corporações se manifestarem. Ao manter a economia aquecida, alargaria a base de arrecadação, mantendo a meta global de arrecadação de impostos.
Hoje vê-se a economia a mingar perigosamente (Portugal é o único país da UE cujo PIB evoluiu negativamente), esmagada pela elevação do preço das mercadorias de uma forma generalizada, devido à escalada de preços do petróleo, com consequentes reflexos no consumo, penalizando a arrecadação do governo.
Negociar com grevistas foi um erro, cujas consequências estão à vista. O poder estará nas ruas à mais pequena contestação. A seguir serão já os bombeiros. Depois sabe-se lá quem. A imagem passada é mesmo de um governo (não Estado) vulnerável, diria mesmo ferido de morte. Acabou-se o respeito e é pena, especialmente depois das promessas de aragem política fresca que Sócrates transmitiu nas eleições que venceu.
A Sócrates só falta mesmo também “fugir” desta situação.
engenheiro e membro do clube
A crise dos combustíveis acabou de aprisionar José Sócrates que capitulou perante as reivindicações corporativas, quando poderia ter tomado medidas de carácter geral em benefício da economia.
Atrevo-me a propor uma análise económica à situação de crise que se vive, correndo o risco calculado de entrar por seara alheia:
O Estado precisa de arrecadar fundos para cumprir a sua missão social e fá-lo através de impostos (sobre o consumo e os rendimentos). Arrecadará tanto mais, quanto mais forte for a economia;
Nesse sentido, cabe ao governo pugnar para que a economia seja forte. Ora, se o preço do petróleo passar a ser o elemento que reduz a actividade económica, contaminando preços, deve ser sobre este bem que o governo deveria incidir a sua acção, dado que tem alguma margem de manobra, pois metade do seu valor no mercado, são impostos directos.
Vale referir que a arrecadação de impostos sobre produtos petrolíferos está a diminuir por diminuição do consumo, mas não beneficia a economia, nem o espírito de paz social. Seria melhor diminuir o imposto, beneficiando a todos, sem excepções, não dando margem às corporações se manifestarem. Ao manter a economia aquecida, alargaria a base de arrecadação, mantendo a meta global de arrecadação de impostos.
Hoje vê-se a economia a mingar perigosamente (Portugal é o único país da UE cujo PIB evoluiu negativamente), esmagada pela elevação do preço das mercadorias de uma forma generalizada, devido à escalada de preços do petróleo, com consequentes reflexos no consumo, penalizando a arrecadação do governo.
Negociar com grevistas foi um erro, cujas consequências estão à vista. O poder estará nas ruas à mais pequena contestação. A seguir serão já os bombeiros. Depois sabe-se lá quem. A imagem passada é mesmo de um governo (não Estado) vulnerável, diria mesmo ferido de morte. Acabou-se o respeito e é pena, especialmente depois das promessas de aragem política fresca que Sócrates transmitiu nas eleições que venceu.
A Sócrates só falta mesmo também “fugir” desta situação.
engenheiro e membro do clube