15/04/2007

A PENSAR…



Isabel Carmo


Vamos analisar, sem que com isso pretenda incrementar quaisquer críticas destrutivas, seja a quem for:

Podem mesmo apelidar a minha escrita de poética ou de incapaz, uma vez que há muito boa gente que classifica a poesia como algo indecifrável e digno de “extraterrestres”. Mas isso não me interessa; cada um é como cada qual.

O meu ponto em causa é tentar ver o que está em background (nas traseiras) de toda a polémica que se tem vindo a verificar em que o nosso Primeiro é parte visada. Mas friamente até estou de acordo com Vítor Marques, que alerta para um dos pontos em que também havia pensado, “impulsionar a venda de jornais de referência que se debatem com uma crise de vendas devido ao aumento do número de jornais gratuitos”... e “opas” e “Otas” e possivelmente outros itens, que desagradam a muitos e não deixam benefícios a outros.

Porém, ao serem postas em causa polémicas que vão denegrir a posição do PM e respectivo Governo, abrem-se portas às oposições partidárias, que me parece, também não andam com muita saúde, para, por sua vez, se mostrarem como “muito bons”.

Ora vejamos, o que nos devia estar a preocupar mais e nesse sentido tentar dar o nosso melhor: Seria em campos, em que me parece, que não se está a agir muito bem e até com uma certa injustiça. Observe-se o que se passa a nível de saúde e educação (teimo em ter relutância em chamar educação, porque saber, conhecimento, seriam termos com muito mais significado). Poderíamos também considerar o tema segurança social, este com um apoio mais virado aos seniores, uma vez que em breve todos o seremos também.

Penso que se se debatessem por estudos e formas de manutenção de boa qualidade de vida para os mais idosos, possivelmente, não se usariam tantos anti depressivos nem calmantes e permitir-se-ia que essa vasta camada de população não diminuísse a sua capacidade de pensar e se sentir “gente”. Nem todos têm patologias complicadas… mas muitos têm solidão, têm stress de sua baixa condição económica, têm desgosto de se sentir à parte pelos anos que têm… apenas uma minoria se sente realizada e com possibilidades de se manter com qualidade e estabilidade… ser velho não é ser doente, obrigatoriamente…

E ainda isto:
Ventilou-se Bolonha, como um acordo que iria trazer largas possibilidades a quem pretendesse continuar, aumentar ou regressar aos bancos da aprendizagem, para melhorar a sua situação ou até só para satisfazer a sua sede de saber, mas não se sabe de nada com a profundidade que a medida carece. (Só lá para o inicio do próximo ano lectivo, possivelmente…). Boa resposta! Adorei! E lá deixei o meu endereço electrónico para receber quaisquer notícias, logo que possível.

Gosto de tomar conhecimento das coisas com certo detalhe, porque ao mencioná-las não gosto de cantar como o galo. Mas nem sempre é como eu idealizo… nisto e em muitas outras coisas…

Mas,

Voltando à Educação, penso que de um modo geral, se está a criar um clima de instabilidade aos professores, reflectindo-se este nos alunos, única razão da existência de um tal Ministério. Por vezes sinto que há muita confusão em quem dirige e que, não sente capacidade para enfrentar as mudanças que vai ditando, porque quem está por fora, nem sempre tem sensibilidade para sentir o que é por dentro.




professora e membro do clube