Como diz Michele Maffesoli existe uma” ideologia diferenciada que se deve à indiferença”.
Joaquim Jorge
A vitória esmagadora de José Sócrates ( único candidato), era o esperado e não me surpreende .Ninguém no seu perfeito juízo quereria destronar Sócrates porque ao fazê-lo incorreria na leitura que estaria a tentar derrubar o governo.
Porém é de louvar a coragem de Helena Roseta,com escassos meios e tempo, ao tentar que a sua moção tivesse no mínimo 50 delegados,até à poucas horas tinha eleito 9 delegados ,o que convenhamos é insuficiente, para ser discutida em congresso.Porém a sua tenacidade, contra a acomodação e a chamada de atenção, funcionando como uma consciência crítica louvável.Para quem não se revê nesta forma de funcionamento do partido, em que quando toca a ir vai tudo, sem se parar para pensar.Poderá ser no futuro algo interessante e a ter em conta. Mas mais uma vez o aparelho trucida tudo e as melhores das intenções.Temos que no futuro delinear uma estratégica ,que obste a este estado de coisas, cíclico e eternizado pelos donos dos votos, que não fazem outra coisa que não seja denegrir , praticar a maledicência e expurgar quem pensa diferente , sem amarras ou sem o seu beneplácito. O poder tolhe a mente das pessoas ou de quem gravita à sua volta.Uma coisa eu sei, é preciso mudar e mais tarde ou mais cedo há-de acontecer. Vencer eleições não quer dizer que se tenha razão e que tudo está bem.Como diz Michele Maffesoli existe uma” ideologia diferenciada que se deve à indiferença”. Nesta votação interna do PS ,votaram muito menos de 50% dos seus militantes,isto é, a abstenção é maioritária. Eu não fui votar ,porque na minha secção, não existia a possibilidade para além da moção de Sócrates,daí não me ter deslocado à mesa de voto.Muitos socialistas ainda não perceberam o que diz António Aleixo “contigo em contradição,pode estar um grande amigo,duvida mais dos que estão sempre de acordo contigo”