Rogério Pires |
Nesta semana agora terminada,
assistimos a uma das mais ridículas das situações envolvendo a segunda figura
do Estado, o Presidente da Assembleia da Republica Ferro Rodrigues. Pois Ferro Rodrigues enquanto Presidente da
AR, foi aos Passos Perdidos da AR, local
onde normalmente o políticos fazem as suas intervenções para os medias, e decide
falar. Mas Ferro Rodrigues não fala da
Operação Marquês, nem de Sócrates ou da condecoração que defendia dever ser-lhe
dada, nem da Face Oculta, ou de Manuel Pinho e muito menos da Casa Pia, quanto
mais do segredo de justiça de que bem sabemos qual é a sua opinião. O
Presidente da AR Ferro Rodrigues, fez então uma declaração imprópria de um
Presidente da AR e muito mais adequada para o cidadão Ferro Rodrigues enquanto
sportinguista, fazer em uma qualquer Assembleia Geral do Sporting onde
provavelmente não irá por ser uma grande estopada, e desfere um rol de críticas
e de acusações ao Presidente do Sporting. Lamentável a todos os títulos, e revelador da qualidade de
um politico que desempenha o segundo mais alto cargo da Nação, incapaz de
distinguir o titular do cargo do cidadão. Sobre o chumbo da proposta do PSD acabado
de ocorrer nessa mesma AR, para que fossem revelados os 50 maiores devedores
incumpridores, que levaram ao imenso buraco na Caixa Geral de Depósitos, com a
informação de quem e quando foram, e em que circunstâncias concedidos tais
créditos que se revelaram ruinosos, sobre isto, nem uma palavra, pois a frente
de esquerda do PS, PCP e BE acabaram com o assunto e chumbaram a proposta. Que
tem esta frente de esquerda a esconder, ou a proteger ? Os contribuintes
chamados a pagarem com os seus impostos, esse buraco na CGD, não terão o direito
de saber quem são os caloteiros e quem autorizou esses empréstimos, para
eventualmente serem pedidas responsabilidades ?
Assim vai a nossa politica, e
aos poucos se vão revelando as intenções desta coligação informal, mas com
forma bem definida que nos governa, sabendo de forma magistral aproveitar as
situações, como a que na mesma semana acontecia sobre as suspeitas de corrupção
de Manuel Pinho, para as ver desviadas para o Sporting, abafando aquilo que se
tornava embaraçador para o PS e para António Costa, o caso Manuel Pinho.