19/12/2017

LIDERAR OU, MEDIAR, EIS A QUESTÃO!




António Fernandes 
Há sempre, em tudo na vida, um ponto de partida para um único objetivo: chegar.
Essa premissa tem como cerne a convicção de que a memória individual não se dissocia do meio e muito menos das envolventes para fazer caminho.
Ora, no caso em concreto, em que há um grupo multifacetado de indivíduos que não se conhecem a frequentar formação distinta: Liderança e mediação. Num mesmo espaço em que intuitivamente ocupam os mesmos lugares. Num mesmo dia da semana. Em representação de Instituições. Em formações ministradas pela mesma Entidade e promovidas por Entidade diferente, mas também a mesma, de que se pode concluir serem, ao nível do conteúdo, projetos diferentes, quiçá antagónicos, consoante a perspetiva que cada um tem daquilo em que consistem os dois atos de formação: lideranças; mediação comunitária.
Nesse sentido, a versatilidade mental é seletiva na escolha dos canais de comunicação a exteriorizar fazendo opções, caso a caso, de forma a agilizar o diálogo e a harmonizar a sua relação com o grupo. Relação para a qual a predesposição para a integração é condição essencial assim como a envolvente integracionista interatuante, também. Sendo que, e para o efeito, a diferenciação entre  integrar e incluir deva ser relevada.
No caso em apreço a inclusão não é fator determinante e por isso, as sinergias integrantes são mais despertas do que propriamente as de inclusão na justa medida em que o interesse é temporal. Se o não fosse, teriam de interagir porque o fim a conseguir seria o da inclusão e o processo de integração o caminho para essa inclusão.
Nesse sentido:
1.     O observador (em escuta ativa), deve ter um comportamento de sujeito, enquanto individuo, em grupo em que, a integração é um desafio nas diversas envolvencias: temporal; étaria; etnica; religiosa e outras; empenhado e construtivo.
2.     O individuo deve praticar exercício de capacitação da análise social expetante, aonde a critica e a autocritica são dois elementos fundamentais para a robustez do intelecto e sua maturação no sujeito, assim como, no reconhecimento dessas condicionantes: a critica no sentido corretivo do trajeto, feita por terceiros/s: a autocritica no sentido da constatação pelo sujeito de que o caminho que segue não é o mais correto para os fins pretendidos e que por tal o deve corrigir.
3.     Deve também apurar da razão de que nos grupos existe uma forte componente empírica do sujeito com um comportamento individualizado por fatores externos de índoles formativa que importa colmatar e, dentro do possível, corrigir.

Um grupo organizado é um conjunto de cidadãos que se junta para concretizar objetivos determinados  e que para se organizar necessita de uma base legal aonde é determinada a forma da cadeia hierárquica de comando traduzida nos seus corpos sociais exarados em Escritura Publica, Estatutos e Regulamento Interno, definem quais os passos, o caminho e os objetivos.
Um grupo de convergência tem como elemento determinante para o seu funcionamento em sociedade: a sua atividade em torno de um conjunto de valores e de interesses na intervenção, interação e articulação naquilo que são os interesses comuns e que para isso a partilha das experiências individuais contribuem de forma decisiva porque dão corpo e enrubestecem o interesse coletivo na senda da concretização dos objetivos que as comunidades locais procuram resolver sempre a contento de todos .
Assim sendo, cada elemento desse grupo procura, no quadro das especificações que compõe a sua identidade: inclusão; compreensão e reconhecimento. A forma para que se constitua num elo da engrenagem complexa mas justa desse grupo que mais não é do que uma célula de uma sociedade civilizacionalmente organizada sentindo-se por isso mais Humano!