19/12/2017

A EUROPA CENTRAL, ESPAÇO DE MEDIAÇÃO E DIÁLOGO (3)



António Fernandes 
A Europa de hoje é um Continente aonde o diálogo e o cruzamento de culturas diferentes, nos mais diversos contextos, tornou a mediação sustentada no conhecimento e nos limites do balizamento legal, na razão central da sua existência e do seu futuro enquanto espaço de diálogo intercultural.
Neste contexto a educação assume-se como o pilar central dessa dinâmica que envolve o espaço de diálogo intercultural e de mediação em todas as suas componentes, na justa medida em que, é a educação que permite o acesso ao conhecimento, elemento essencial ao entendimento daquilo que lhe é subjacente: as diferenças intragrupais e intergrupais; os conflitos de interesse imediatos ou estratégicos; as soluções de recurso quando temporárias ou, efetivas quando definitivas; culminando num estádio de respostas exequíveis socialmente aceites em domínios específicos como o são: a integração; a mobilidade; a inclusão; e outros.
É a educação e o conhecimento que condicionam as diversas conjunturas: sociais; políticas; religiosas; e outras num quadro em que os conflitos assumem projeção propulsora de progresso na evolução social dos povos, quando em conflito dos interesses comuns para com os interesses do poder dominante, em que o domínio do conhecimento é a pedra angular para que, numa plataforma de diálogo e de mediação se ultrapassem diferenças existentes na genesis das comunidades.
Em suma; a educação e o conhecimento são fatores determinantes para construção de um modelo de comportamento social que respeite o princípio da diferença, Europeu, com projeção universal para as novas sociedades do futuro.
A inovação tecnológica que sempre acompanhou todos ao processos de desenvolvimento social desde a Revolução Industrial para dar resposta às solicitações das pessoas no contexto do crescimento dos aglomerados habitacionais e das fortes concentrações da densidade habitacional em urbes, de que resulta o conceito 4.0, tida por alguns círculos como sendo a quarta revolução industrial mas, que não o é de facto porque, uma revolução é sempre um corte com as regras e, aquilo que vem acontecendo, é a permanente inovação dessas mesmas regras.
I&D (inovação e desenvolvimento): na conceção dos equipamentos; nos procedimentos de extração das matérias-primas, sua transformação e consumo, de modo a que proporcione às pessoas a comodidade possível num mundo em que cada vez mais a longevidade é uma consequência desse desenvolvimento que tem trazido contradições para as quais a Europa procura soluções e de que o conceito 4.0 é uma estratégia em que se defende a robótica informatizada e a dispensa da manufatura. Estratégia concertada no ano de 2011 na Alemanha entre os parceiros interessados: poder político; comunidade científica; industria; distribuição; comercio; consumo.

Conclui-se assim, que:
a)     A “ Europa como espaço de diálogo intercultural e de mediação” tem tido ao longo da sua História vários desafios que tem vindo a ultrapassar com eficácia democrática, mesmo em conjunturas de ditadura, com um pilar de suporte estrutural: a educação orientada para o conhecimento.
b)    Conclui-se também que, a confluência para o seu seio, de várias culturas, tem sido uma mais-valia no quadro da globalização mundial em curso.
c)   Assim como se conclui que no âmbito das necessidades subjacentes às atuais necessidades da Humanidade é, a Europa, na sua zona territorial central, a área geográfica melhor preparada para resistir e resolver os desafios previsíveis e os não previsíveis do futuro das espécies no estrito respeito pela biodiversidade e, pelo direito à vida!