Daniel Braga |
Relativamente a presidentes americanos não tenho
uma simpatia especial por serem do Partido Republicano ou do Partido democrata.
Gosto de pessoas e das suas personalidades. Admirei JFKenedy assim como Ronald
Reagan, como tenho um respeito enorme pela história da América e pelos
presidentes George Washington (o pai da Nação) e por Abraham Lincoln (muito
pelo acto da abolição da escravatura conduzindo à reconciliação da Nação
americana). Nutro especial simpatia e admiração
pelo Presidente Obama de quem já tenho imensas saudades. Nunca gostei de Bill
Clinton e muito menos de Hillary. Feita a declaração de interesses, após as
eleições americanas e perante o que se desenhava o Mundo ficou apreensivo. E a
preocupação tornou-se muito mais séria desde o momento em que se soube quem ia
vencer. Por momentos ainda se colocou no ar a dúvida.
Será que...?
Mas a esperança rapidamente se desvaneceu e
aquilo que que todos temiam começa a ser uma realidade. Não é rasgando acordos
que se resolvem problemas. Não é pela conflitualidade entre Estados que as
soluções são encontradas. Não é pelo tom bélico das palavras e pela grosseria
dos actos que se chegam a patamares aceitáveis de entendimento no sentido do
atenuar de tensões e de pontos de fratura sem retorno. É no diálogo
construtivo, fazendo pontes, construindo olhares de sintonia e harmonizando
posições conciliadoras consertadas que o debate de ideias se deve focalizar, de
encontro a uma tomada de decisões que agrade a todas as partes ou à maioria delas.Toda
a empáfia e a assumida arrogância demonstradas por Donald Trump apenas pioram o
cenário divisionista entre Nações, entre continentes e entre povos,
transmitindo óbvios receios do retomar de belicosidades e de medição de forças
que se julgavam ultrapassadas ou pelo menos atenuadas no nosso planeta. Já
basta os problemas que ainda .proliferam e que não são poucos. Não era
necessário chegar mais um incendiário que em vez de resolver ou ajudar a
resolver o que já existe e ter o bom senso próprio de quem exerce um cargo de
tamanha responsabilidade, ainda lança mais achas para a fogueira, potenciando o
medo, a revolta, o ódio e o fogo ardente, não da Paz, mas sim da guerra e da
sensação de insegurança que nos acompanha na vida quotidiana. Espero que haja um
retrocesso em todas estas precipitações e loucuras que emanam da Casa Branca,
sob pena de estarmos a atear uma enorme labareda incontrolada de consequências
desastrosas e incalculáveis.