Valdemar F. Ribeiro |
Fernando Pessoa viveu seus heterónimos
com profundidade, como se cada um deles fosse um eterno amor, e em nome desses
heterónimos escreveu seus pensamentos.
Estes heterónimos foram personalidades
conscientes em Pessoa.
É como viver vários amores , cada um
na sua profundidade, sem tempo nem espaço ou seja , quando cada amor é vivido
numa profundidade infinita, dentro de cada um, o tempo e espaço são relativos.
Cada amor, cada sensação, cada
mergulho na essência de cada vivência individual ou em parceria, sem tempo pois
o essencial é o instante ou instantes, permite construir, em em cada um, não
uma mas diferentes vivências eternas, infinitas.
Cada uma destas vivências, sem
importar o tempo, tornam-se obras de arte de extrema beleza.
Um dos seres humanos mais belos e
profundos que viveu neste planeta e vive em cada um de nós, o cientista Stephen
Hawking, inspirou os seres humanos mais atentos, com a consciência sobre os buracos
negros e universos multi-versais e que também são vivenciados em cada ser
humano, conscientemente ou não, na medida em que este se permite viver.
Cada ser humano constrói em si muitos universos
e cada universo é importante, sem importar o passado, presente ou futuro.
E como diz o poeta maior Vinicius de
Morais, cada amor é infinito enquanto dure e sendo assim, cada amor é eterno em
cada um, e cada um deles é um momento
único.
Feliz o ser humano que se permite
viver universos multi-versais.
Cada ser humano nasce sozinho, vive, e morre sozinho, nada mais do que isso, e
precisa permitir viver em si os universos que lhe compete construir.