24/05/2018

Opinião de Joaquim Jorge no Jornal É Noticia




O estilo Trump, em vez, de chegar à política portuguesa, chegou ao futebol português via Bruno Trump Carvalho.
Sempre achei que o futebol ocupa espaço mediático excessivo. Um jogo dura 1h30, mas o que se fala desse jogo via programas de televisão é mais de 4h. Surreal!

Alguns presidentes dos clubes têm um poder comparável a um Primeiro-Ministro ou Presidente da República.

O futebol é o ópio do povo, mas por se gostar deste desporto tão belo não pode tolher a mente dos portugueses.

O Far West está instalado no Sporting, sem governo, à toa, sem rumo, a deus dará. É um drama e uma tragédia.

O Sporting, ao longo do campeonato, ainda houve momentos para desfrutar, rir e ter esperança. Todavia nos momentos das grandes decisões o Sporting falhou em toda a linha - perdeu tudo.

É lamentável, o que se passa e já deveria ter havido uma intervenção há muito tempo do secretário de Estado do Desporto João Paulo Rebelo, assim como, do presidente da Liga de Clubes e do presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

O Sporting precisa de ir ao psiquiatra vive um momento de loucura.

Os adeptos do Sporting, são os que menos culpa têm de tudo isto. A massa associativa do Sporting é a melhor de todas, estão fartos de perder e sofrer, aguentam estoicamente sem deixar de apoiar o clube. Todavia não se podem queixar porque foram eles que votaram massivamente neste presidente.

Que tipo de democracia é esta numa eleição de um presidente de um clube em que um sócio vale 50 votos, outro 30 votos e por aí adiante!?

Eu penso que numa democracia a regra é: uma pessoa, um voto.

O Sporting vive uma tragédia com um desfecho terrível e nada se pode fazer além de acompanhar tudo até o final. O Sporting vai-se ver à nora para se libertar de Bruno Trump Carvalho. A próxima Assembleia-Geral será um momento histriónico.

O mal de muitos dirigentes de futebol é que se julgam de tal maneira superiores que pensam que lhes passa tudo por baixo. Há um deslumbramento no poder e com o poder.

Usam grandes etiquetas, enormes palavras e usam muito o dedo polegar. Nunca são responsáveis e arranjam rapidamente culpados

publicado no Jornal É Noticia