António Fernandes |
A dita "geringonça", tem
mostrado à estupidez instalada que a inteligência dos Homens de bem assenta no
respeito pelas diferenças e na sua capacidade em gerir com honestidade
intelectual essas mesmas diferenças para delas demarcar aquilo que une a
vontade política em resolver as assimetrias sociais existentes e os focos de
urgência social. Assim como o equilíbrio financeiro dos factores da relação
externa sejam das transações correntes ou de compromissos transitados.
A dita "geringonça" não só
devolveu ao cidadão comum a esperança mas também a confiança de que há na
classe política homens e mulheres sérios, que com eles, cidadãos, se
comprometeram em ato eleitoral com soluções para as dificuldades com que
estavam confrontados, e que tem vindo a cumprir, uma a uma, todas as promessas
feitas.
A dita "geringonça", tem uma
maioria parlamentar, um Governo e
indicadores claros de alargamento do leque da sua base social de apoio que lhe
augura futuro promissor. Este último indicador tem, inclusivamente, sido o
barómetro de balizamento dos comportamentos do Sr. Presidente da Republica, no
domínio da política interna, e dos recuos sistemáticos por parte da U.E. para
com as metas Orçamentais e a sua exequibilidade, no domínio da política
externa.
A dita "geringonça" tem,
contrariamente ao preconizado pelos arautos da desgraça, dentro do partido,
imposto o atual e futuro Secretario-Geral do P.S. e Primeiro Ministro de
Portugal para a atual Legislatura, como uma figura política do Estado com
capacidade extraordinária relevante e de referência internacional.
Estas evidências não só questionam todos
aqueles que desistiram no início do processo de construção de uma alternativa
política eficaz que defendesse os interesses Nacionais, perante o descalabro
corrente de todo o setor financeiro, económico e social que o País enfrentava,
como desmonta todas as teorias e manhas de uma outra geringonça interna que se
perfilava para destruir o partido em proveito próprio acantonada na defesa de
um modelo de organização social e política assente no indivíduo em detrimento
do coletivo e da organização partidária ou de cidadãos.
Não satisfeitos com as evidência com que
são confrontados, a geringonça interna, teima em tentar o golpe ao apresentar
ao próximo Congresso Nacional uma moção
que claramente defendes princípios articulados e que diz querer, antes;
"resgatar a democracia" e agora; “Reinventar Portugal “!
Porquê?
- Porque visa a ruptura dos princípios
ideológicos e de organização que todos aceitamos ao aderir ao partido.
Pretender romper por dentro esse cordão
umbilical é pretender cortar, através de um golpe interno, o vínculo da
identidade de um Partido político comprometido com o Socialismo Democrático,
para o transformar e submeter a interesses obscuros não identificados,
ideologicamente vinculado, em que os candidatos a qualquer cargo só vingam se
tiverem apoios financeiros de monta.
Ou seja; de indivíduos que, se submissos,
se eternizarão no poder a que se seguirão dinastias "familiares". E
que passarão a servir os seus amos que não serão, com certeza, o cidadão
eleitor.
Conclui-se por isso que a dita
"geringonça" é bem mais benéfica para o partido do que a geringonça
interna que semeia ventos e todos esperamos que colha tempestades!
Acredito que o P.S., mais uma vez, sairá
deste seu Congresso Nacional, duplamente reforçado em todas as suas vertentes.
Porque o P.S., sendo um partido plural, é nessa pluralidade que constrói com
lucidez suficiente, a eficácia de uma estratégia política progressista e de
esquerda!
Com futuro e para o futuro!