23/05/2018

O P.S. em Congresso Nacional entre “geringonças”: a do Governo e a interna!





António Fernandes 
Afinal, aquilo a que alguns chamam de "geringonça", por à luz da sua reduzida visão política ser algo de desarticulado; mal construído; disfuncional e até de uma linha de orientação política e estratégica que levaria o partido ao descalabro, tem funcionado na perfeição do rigor, seriedade e bom senso, a bem do equilíbrio financeiro e económico do País e tem reduzido drasticamente o regime de austeridade imposto pela ultra direita de Passos Coelho quando estava no poder.
A dita "geringonça", tem mostrado à estupidez instalada que a inteligência dos Homens de bem assenta no respeito pelas diferenças e na sua capacidade em gerir com honestidade intelectual essas mesmas diferenças para delas demarcar aquilo que une a vontade política em resolver as assimetrias sociais existentes e os focos de urgência social. Assim como o equilíbrio financeiro dos factores da relação externa sejam das transações correntes ou de compromissos transitados.
A dita "geringonça" não só devolveu ao cidadão comum a esperança mas também a confiança de que há na classe política homens e mulheres sérios, que com eles, cidadãos, se comprometeram em ato eleitoral com soluções para as dificuldades com que estavam confrontados, e que tem vindo a cumprir, uma a uma, todas as promessas feitas.
A dita "geringonça", tem uma maioria parlamentar, um  Governo e indicadores claros de alargamento do leque da sua base social de apoio que lhe augura futuro promissor. Este último indicador tem, inclusivamente, sido o barómetro de balizamento dos comportamentos do Sr. Presidente da Republica, no domínio da política interna, e dos recuos sistemáticos por parte da U.E. para com as metas Orçamentais e a sua exequibilidade, no domínio da política externa.
A dita "geringonça" tem, contrariamente ao preconizado pelos arautos da desgraça, dentro do partido, imposto o atual e futuro Secretario-Geral do P.S. e Primeiro Ministro de Portugal para a atual Legislatura, como uma figura política do Estado com capacidade extraordinária relevante e de referência internacional.
Estas evidências não só questionam todos aqueles que desistiram no início do processo de construção de uma alternativa política eficaz que defendesse os interesses Nacionais, perante o descalabro corrente de todo o setor financeiro, económico e social que o País enfrentava, como desmonta todas as teorias e manhas de uma outra geringonça interna que se perfilava para destruir o partido em proveito próprio acantonada na defesa de um modelo de organização social e política assente no indivíduo em detrimento do coletivo e da organização partidária ou de cidadãos.
Não satisfeitos com as evidência com que são confrontados, a geringonça interna, teima em tentar o golpe ao apresentar ao próximo Congresso Nacional  uma moção que claramente defendes princípios articulados e que diz querer, antes; "resgatar a democracia" e agora; “Reinventar Portugal “!
Porquê?
- Porque visa a ruptura dos princípios ideológicos e de organização que todos aceitamos ao aderir ao partido.
Pretender romper por dentro esse cordão umbilical é pretender cortar, através de um golpe interno, o vínculo da identidade de um Partido político comprometido com o Socialismo Democrático, para o transformar e submeter a interesses obscuros não identificados, ideologicamente vinculado, em que os candidatos a qualquer cargo só vingam se tiverem apoios financeiros de monta.
Ou seja; de indivíduos que, se submissos, se eternizarão no poder a que se seguirão dinastias "familiares". E que passarão a servir os seus amos que não serão, com certeza, o cidadão eleitor.
Conclui-se por isso que a dita "geringonça" é bem mais benéfica para o partido do que a geringonça interna que semeia ventos e todos esperamos que colha tempestades!
Acredito que o P.S., mais uma vez, sairá deste seu Congresso Nacional, duplamente reforçado em todas as suas vertentes. Porque o P.S., sendo um partido plural, é nessa pluralidade que constrói com lucidez suficiente, a eficácia de uma estratégia política progressista e de esquerda!
Com futuro e para o futuro!