19/05/2018

Deambulações do pensamento




António Fernandes 
Há uma tendência natural motivada pela curiosidades entre outros sensores que reagindo, regem a conduta da mente, e por via desta, o corpo dos Homens.
A teoria da conspiração assenta precisamente nesse sensor ao habilitar dissertação do raciocínio em livre arbítrio.
Esta tipologia do comportamento é corrente, umas vezes justa e outras vezes injusta. Umas vezes apura-se razão ao juízo especulativo, outras vezes nem por isso. 
Sendo que na política doméstica são mais as questiúnculas pessoais a vigorar do que teorias alargadas.Coisa pequena em um Universo à escala de um coletivo em que muitos outros juntam as suas vozes reclamando justiça na distribuição com equidade daquilo que a Natureza nos dá para que possamos viver.
Há uma outra tendência natural motivada pela competitividade.Um outro sensor com característica específica no domínio da posse que faculte domínio territorial.Uma tipologia minoritária mas demasiado aguerrida que por falta de senso e de saber é indiferente aos efeitos diretos e indiretos que causa nos seus semelhantes.
Quando estes últimos se confrontam os efeitos nefastos provocados são tantos que os demais acabam por ser envolvidos sem que nada tenham a ver com as contendas ou feito o que quer que seja para que tais contendas tenham sido levadas por diante.
Surge por isso a necessidade de mediação. Que não sendo uma tendência natural, acaba por se tornar numa necessidade imperiosa de equilíbrio entre todas as partes.
Nos tempos modernos surgiu uma nova tendência em resultado de uma maior disputa motivada pelo crescimento intelectual do Homem face a necessidades elementares e também pela multiplicidade de pontos de vista e de perspectivas sobre si próprios e o seu papel na Natureza:
a inveja.
A inveja mais não é do que a convicção de que, reunindo condição, assiste o direito a ter o que outrem tem, ou faz.
Deste deambular pelo senso, rumo e condicionantes, há um denominador que sendo comum por coincidir, embora possa ser comum e não coincidente, e o inverso também, estranha-se sempre, e por isso a alusão à teoria da conspiração, o anonimato que envolve os métodos e os processos. 
Que se forem coincidentes com consequências levantam suspeita legítima sobre as causas; os tempos em que decorrem; as consequências diretas e indiretas que provocam.
Fica assim este enigma por desvendar.Se o conseguir, agradeço a colaboração e o tempo ganho a pensar. Que é coisa rara, nos Homens de hoje!