Rogério Pires |
Dada a excelente máquina de
comunicação do PS, e seus apoiantes desta solução de governo, importa
determo-nos um pouco, sobre os números que nos dão a verdadeira situação de
Portugal, interna e comparada com a Zona EURO e a União Europeia.
CRESCIMENTO DO PIB em 2017 foi de 2,7%
CRESCIMENTO DO PIB em 2017 foi de 2,7%
- Foi no entanto o 14.º país em
crescimento do PIB da Zona EURO, tendo apenas 5 países abaixo e o 20.º país da
União Europeia com apenas 8 países com pior desempenho.
DÍVIDA
PÚBLICA
Em Dez de 2015 Inicio da
governação PS era de 231.584 milhões
Em Fevereiro de 2018
situava-se em 246.022 milhões
Portanto tendo CRESCIDO 14.438
milhões.
Ora para quem assumiu o poder
com um objectivo, entre outros, de estancar a dívida é um verdadeiro fracasso,
fazendo tanta publicidade às amortizações antecipadas ao FMI esquecendo de
dizer que pagavam contraindo novos empréstimos e que apenas conseguíamos
reduzir os encargos com juros que sendo bom, não era toda a verdade..
CARGA
FISCAL EM % DO PIB
Em Dez 2015 situava-se em
34,6%
Em Dez 2017 situava-se em 37%
Convém esclarecer que em 2011
estava em 32,3% e depois do “brutal” aumento de impostos de Vítor Gaspar em Dez
de 2015 ficou em 34,6% tendo crescido 2,3% em 4 anos de ajustamento “vulgo
TROIKA” e de 2015 a 2017 em apenas 2 anos do tal “alivio fiscal” de Centeno
subiu de 34,6% para 37% ou seja mais 2,4% superando Vítor Gaspar.
SALDO
DA BALANÇA COMERCIAL
Em 2010 havia um deficit de
7,2%
Em 2015 passou a excedente de
1,8%
Em 2017 manteve exatamente o
excedente de 1,8%
Assim entre 2010 e 2015 o
saldo da Balança Comercial para além de sair do deficit (-7,2%) para excedente
1,8% cresceu portanto 9% (7,2%+1.8%) e entre 2015 e 2017 o saldo estagnou tendo
crescido 0%.contra um crescimento médio de 1,8% ao ano entre 2010 e 2015.
ORÇAMENTO
GERAL DO ESTADO
Em 2010 registou-se um deficit
de 11,2%
Em 2015 registou-se um deficit
de 2,98%
Em 2017 registou-se um deficit
de 0,92%
Assim no período de 2010 a 2015 o deficit baixou em 8,22% média anual
de 1,64%, enquanto que no período de 2015 a 2017 baixou 2,06%, á média anual de
1,03% inferior ao período anterior.
Resulta ainda que esta redução
do deficit, se está a fazer á custa de cativações, verdadeiros cortes que sem
sombra de dúvida são austeridade, mas desta feita de esquerda virtuosa, no
entendimento deste governo que a aplica, com consequências na degradação das
principais funções do Estado a Saúde, Educação, Segurança e Protecção Civil.
CRESCIMENTO
DO EMPREGO
Em 2017 o emprego cresceu 3,2%
acima da economia que cresceu 2,7%, revelador que Portugal está a crescer no
emprego de baixa qualificação, em lugar de aproveitar as novas tecnologias e o
efeito da Web Summit, aliás como comprova outro indicador o da percentagem de
trabalhadores auferindo apenas o salário mínimo nacional que já atingiu em Dez
2017 os 22% e tendo crescido nestes dois últimos anos.
INDICADORES
AVANÇADOS DA ECONOMIA
Indicador Coincidente da
actividade
Valor mais alto atingido em
Julho 2017 de 3.0
Em Fevereiro de 2018
situava-se em 2.3
Indicador Coincidente do
Consumo Privado
Valor mais alto atingido em
Julho de 2017 de 2.5
Em Fevereiro de 2018
situava-se em 2.0
Trata-se de dois indicadores
avançados da economia, que nos dão a previsão do crescimento futuro da
Economia, e que estão em queda consecutiva há vários meses, indicando a
desaceleração do crescimento do PIB, como comprovam as previsões da OCDE com
2,2% para 2018 (em linha com o governo) de 1,9% em 2019 e de 1,7% em 2020.
Em resumo ficam aqui alguns
números e indicadores da economia, a da verdadeira situação de Portugal e
comparação com os parceiros da Zona Euro e da União Europeia, que desmentem a
euforia e a narrativa do governo e dos parceiros de coligação PCP e BE. Bem
sabemos que de uma forma simplista a economia é a gestão de expectativas e o PS
com a sua máquina de comunicação sempre bem oleada, faz o trabalho como ninguém
e aproveitando por um lado a falta ou melhor a pouca apetência dos portugueses
para estes assuntos, e a boa conjuntura Europeia assim vai fazendo passar a sua
versão, mas que os números e sempre os números, desmentem categoricamente.
Fontes: BP, INE, Pordata