António Fernandes |
Há
caminhos para todos os gostos.
Até
para o Céu.
Mas
também há um caminho que fica no percurso que é o caminho do purgatório.
Uma
espécie de paragem para purgar as almas e lhes retirar os pecados de forma a
que depois de idas a banhos de agua benta possam ter autorização do Santo Pedro
para no Céu poderem entrar.
Pedro,
o apóstolo, que foi, dizem os crentes cristãos o primeiro pastor da igreja
sobre cujo nome foi lançado a primeira pedra daquela que é hoje a cidade Estado
epicentro da religião Católica em Roma. O Vaticano.
Mas
também há o caminho para o inferno.
Aquele
que conduziu Jesus Cristo a uma colina. O monte Sinai. O monte onde o diabo,
Satanás, tentou convencer Jesus de que tudo em volta era dele e que tudo lhe
daria se à sua vontade se convertesse. “Vade Retro Satanás!” terá sido a frase
com que Jesus Cristo repeliu Satanás e as suas tentações.
Demasiados
caminhos para tentar descortinar aonde é que afinal nos conduzem.
Que
respostas terá cada um deles para o desconhecido. Um destino com caminho
traçado desde o princípio da transformação, o do embrião, ou outra designação
qualquer para o processo que trata a matéria e da sua transformação. Sendo que,
para o raciocínio sobra a dúvida sustentada em outros caminhos que não foram
abertos conducentes a que, depois de morto, morto está.
Depois,
há a dúvida.
A
dúvida que cada um tem sobre o seu próprio Céu na terra.
Se
surgirá numa qualquer esquina sob o corpo de uma mulher. De preferência
escultural embora até nesta vertente haja a dúvida porque o gosto é relativo.
- Eu,
gosto do amarelo!
Se
terá a forma da família desejada
Ou se
terá a forma de uma aposta no euro milhões registado no quiosque aqui ao lado
de que resultará uma boa maquia e as contrariedades seguintes mais os
beneplácitos implícitos.
O
caminho para o Céu é um caminho imaginário ao alcance de muitos, mas também, um
caminho que outros tantos não conseguirão nunca, encontrar.
E fica
assim, apontado, um caminho alternativo para lado nenhum.
Tão só
porque o Céu não existe.
Temos
assim a certeza de que um caminho para um local que não existe é um caminho
interior. Construído no interior. Calcetado e calafetado no interior. Bem no
interior.
Uns
chamam-lhe alma. Outros espírito. Outros, simplesmente, Fé.
Um
caminho que transcende o caminhante e o leva ao infinito.
-
Infinitamente bom: dizem uns.
-
Infinitamente nada: dizem outros.
- Não
sei sobre o que falam: dizem alguns.
Conclusão:
temos os crentes; os agnósticos; os ateus;
Mas
temos também os dementes. Mas isso é conversa para outro caminho a caminho de
outra coisa qualquer. Quiçá o caminho para o holocausto…