António Fernandes |
Há sempre, em tudo na vida, um ponto de partida para um único objetivo: chegar.
Essa premissa tem como cerne a convicção de que a memória
individual não se dissocia do meio e muito menos das envolventes para fazer
caminho.
Ora, no caso em concreto, em que há um grupo multifacetado de indivíduos que não se conhecem a frequentar formação distinta: Liderança e
mediação. Num mesmo espaço em que intuitivamente ocupam os mesmos lugares. Num
mesmo dia da semana. Em representação de Instituições. Em formações ministradas
pela mesma Entidade e promovidas por Entidade diferente, mas também a mesma, de
que se pode concluir serem, ao nível do conteúdo, projetos diferentes, quiçá
antagónicos, consoante a perspetiva que cada um tem daquilo em que consistem os
dois atos de formação: lideranças; mediação comunitária.
Nesse sentido, a versatilidade mental é seletiva na escolha
dos canais de comunicação a exteriorizar fazendo opções, caso a caso, de forma
a agilizar o diálogo e a harmonizar a sua relação com o grupo. Relação para a
qual a predesposição para a integração é condição essencial assim como a
envolvente integracionista interatuante, também. Sendo que, e para o efeito, a
diferenciação entre integrar e incluir
deva ser relevada.
No caso em apreço a inclusão não é fator determinante e por
isso, as sinergias integrantes são mais despertas do que propriamente as de
inclusão na justa medida em que o interesse é temporal. Se o não fosse, teriam
de interagir porque o fim a conseguir seria o da inclusão e o processo de
integração o caminho para essa inclusão.
Nesse sentido:
1.
O observador (em escuta ativa), deve ter um
comportamento de sujeito, enquanto individuo, em grupo em que, a integração é
um desafio nas diversas envolvencias: temporal; étaria; etnica; religiosa e
outras; empenhado e construtivo.
2.
O individuo deve praticar exercício de
capacitação da análise social expetante, aonde a critica e a autocritica são
dois elementos fundamentais para a robustez do intelecto e sua maturação no
sujeito, assim como, no reconhecimento dessas condicionantes: a critica no
sentido corretivo do trajeto, feita por terceiros/s: a autocritica no sentido
da constatação pelo sujeito de que o caminho que segue não é o mais correto
para os fins pretendidos e que por tal o deve corrigir.
3.
Deve também apurar da razão de que nos grupos
existe uma forte componente empírica do sujeito com um comportamento
individualizado por fatores externos de índoles formativa que importa colmatar
e, dentro do possível, corrigir.
Um grupo organizado é um conjunto de cidadãos que se junta
para concretizar objetivos determinados
e que para se organizar necessita de uma base legal aonde é determinada
a forma da cadeia hierárquica de comando traduzida nos seus corpos sociais
exarados em Escritura Publica, Estatutos e Regulamento Interno, definem quais
os passos, o caminho e os objetivos.
Um grupo de convergência tem como elemento determinante para
o seu funcionamento em sociedade: a sua atividade em torno de um conjunto de
valores e de interesses na intervenção, interação e articulação naquilo que são
os interesses comuns e que para isso a partilha das experiências individuais contribuem
de forma decisiva porque dão corpo e enrubestecem o interesse coletivo na senda
da concretização dos objetivos que as comunidades locais procuram resolver
sempre a contento de todos .
Assim sendo, cada elemento desse grupo procura, no quadro das
especificações que compõe a sua identidade: inclusão; compreensão e
reconhecimento. A forma para que se constitua num elo da engrenagem complexa
mas justa desse grupo que mais não é do que uma célula de uma sociedade
civilizacionalmente organizada sentindo-se por isso mais Humano!