António Fernandes |
A
Europa de hoje é um Continente aonde o diálogo e o cruzamento de culturas
diferentes, nos mais diversos contextos, tornou a mediação sustentada no
conhecimento e nos limites do balizamento legal, na razão central da sua
existência e do seu futuro enquanto espaço de diálogo intercultural.
Neste contexto
a educação assume-se como o pilar central dessa dinâmica que envolve o espaço
de diálogo intercultural e de mediação em todas as suas componentes, na justa
medida em que, é a educação que permite o acesso ao conhecimento, elemento
essencial ao entendimento daquilo que lhe é subjacente: as diferenças
intragrupais e intergrupais; os conflitos de interesse imediatos ou
estratégicos; as soluções de recurso quando temporárias ou, efetivas quando
definitivas; culminando num estádio de respostas exequíveis socialmente aceites
em domínios específicos como o são: a integração; a mobilidade; a inclusão; e
outros.
É a educação e
o conhecimento que condicionam as diversas conjunturas: sociais; políticas;
religiosas; e outras num quadro em que os conflitos assumem projeção propulsora
de progresso na evolução social dos povos, quando em conflito dos interesses
comuns para com os interesses do poder dominante, em que o domínio do
conhecimento é a pedra angular para que, numa plataforma de diálogo e de
mediação se ultrapassem diferenças existentes na genesis das comunidades.
Em suma; a
educação e o conhecimento são fatores determinantes para construção de um
modelo de comportamento social que respeite o princípio da diferença, Europeu,
com projeção universal para as novas sociedades do futuro.
A inovação
tecnológica que sempre acompanhou todos ao processos de desenvolvimento social
desde a Revolução Industrial para dar resposta às solicitações das pessoas no
contexto do crescimento dos aglomerados habitacionais e das fortes
concentrações da densidade habitacional em urbes, de que resulta o conceito
4.0, tida por alguns círculos como sendo a quarta revolução industrial mas, que
não o é de facto porque, uma revolução é sempre um corte com as regras e,
aquilo que vem acontecendo, é a permanente inovação dessas mesmas regras.
I&D
(inovação e desenvolvimento): na conceção dos equipamentos; nos procedimentos
de extração das matérias-primas, sua transformação e consumo, de modo a que
proporcione às pessoas a comodidade possível num mundo em que cada vez mais a
longevidade é uma consequência desse desenvolvimento que tem trazido
contradições para as quais a Europa procura soluções e de que o conceito 4.0 é
uma estratégia em que se defende a robótica informatizada e a dispensa da
manufatura. Estratégia concertada no ano de 2011 na Alemanha entre os parceiros
interessados: poder político; comunidade científica; industria; distribuição;
comercio; consumo.
Conclui-se
assim, que:
a) A “ Europa como espaço de diálogo
intercultural e de mediação” tem tido ao longo da sua História vários desafios
que tem vindo a ultrapassar com eficácia democrática, mesmo em conjunturas de
ditadura, com um pilar de suporte estrutural: a educação orientada para o
conhecimento.
b) Conclui-se também que, a confluência para o
seu seio, de várias culturas, tem sido uma mais-valia no quadro da globalização
mundial em curso.
c) Assim como se conclui que no âmbito das
necessidades subjacentes às atuais necessidades da Humanidade é, a Europa, na
sua zona territorial central, a área geográfica melhor preparada para resistir
e resolver os desafios previsíveis e os não previsíveis do futuro das espécies
no estrito respeito pela biodiversidade e, pelo direito à vida!