António Fernandes |
Na atual fase de desenvolvimento industrial, comercial e de
serviços que dispensa a manufatura e por consequência o proletariado
convencional, a pequena burguesia emerge em catadupa instalando entre si uma
luta intestina pela disputa de lugares que lhes assegurem protagonismo. Uma
luta dantesca em diversos domínios sendo que o domínio político partidário é o
preferido por ser o de menor exercício mental num meandro de habilidades e
contorcionismos duvidosos.
Em resultado desta evidencia
o cidadão comum interroga-se com razão sobre aquilo que são, o que querem e
para aonde caminham os partidos políticos.
As experiências
internacionais com o Syriza na Grécia; o Podemos em Espanha; o Macron em
França; entre outros exemplos de poder (Trump nos USA, ou Theresa May no Reino
Unido ), de divisão de votos, ou de alternativa para segurar a democracia, são
o maior exemplo de que a pequena burguesia de fachada socialista é uma
realidade dos tempos que correm. Já não são um perigo eminente. São a forma de
poder que é urgente combater.
Os pretextos para se
instalarem e que colhem o apoio das populações são os da crise internacional em
torno de nuvens de fumo ora relacionados com a economia; ora relacionados com o
desemprego; ora relacionados com a saúde; ora relacionados com o ambiente; ora
relacionados com a multirracialidade; a xenofobia, as etnias, num universo de
diferentes pontos de vista sobre a organização das sociedades de que tiram
partido e manipulam a seu belo prazer.
A pequena burguesia de
fachada socialista indicia desconhecimento absoluto sobre as suas origens,
percurso e destino.
Navegam à vista em barcos sem
remos nem calado para enfrentar a mais pequena tempestade ou a profundidade e a
temperatura da água.
Presumem-se superiores à
média e por isso se ajuízam com direitos que o direito instituído não
reconhece.
Talvez por isso o mundo se
encontre à beira do abismo e as sociedades Ocidentais em desequilibro latente
como acontece na Catalunha aonde o seu Presidente do Governo Autónomo havia
dito declarar e, não declarou, a independência que, dizem suspensa...
As partidas em falso a que a
pequena burguesia nos está a habituar e, com as quais não podemos pactuar de
forma algum