in Clube dos Pensadores |
Ontem soube da demissão oficial de José António Barbosa, presidente
da concelhia do PSD Matosinhos. Nas conversas que ia tendo com José António, já
me tinha dado a entender que se eu não fosse o candidato se demitiria. Deste modo,
para mim, não foi surpresa mas o culminar de um processo, em que o meu nome foi
vetado pura e simplesmente.
Evidentemente que é um acto nobre, digno e como protesto, que
na política não pode valer tudo. O que me surpreendeu foi levar com ele 16
pessoas incluindo o presidente da mesa da Assembleia de Militantes Carlos Fernandes.
Joaquim Pinto Lobão, Clarisse Sousa, Fernanda Teixeira, Duarte Laranjeira,
Gustavo Ribeiro, Pedro Barreira, Miguel Borges, Paulo Guedes, Rui Alves Pinheiro,
entre outros.
Em política uma demissão não é usual, as pessoas têm apego
ao poder e aos lugares, mas depois do seu empenho no nome Joaquim Jorge não lhe
restava outra saída por tudo que lhe fizeram e a Joaquim Jorge.
A ideia que me fica de tudo isto é que me convidaram para ir
a casa de uma pessoa respeitável (PSD) e começou tudo ao barulho por eu chegar.
E, eu fiquei a olhar boquiaberto sem ter culpa nenhuma do que se estava a
passar.
Outra conclusão que tiro é a seguinte: nunca pensaram que José
António Barbosa por um lado e Joaquim Jorge por outro, aguentassem tanto tempo
unidos e solidários. Deste modo, foi desmascarado o jogo sujo, miserável,
velhaco e sem-vergonha.
Eu sou independente, nada tenho que ver com o PSD, mas
fiquei amigo de José António que é do PSD e reconheço que há muito boa gente no PSD,
mas não estão no controlo e nas decisões do partido. Está na hora de dar uma
sapatada nisto tudo.Uma varredela geral para o PSD voltar a ser o que era.
Este processo foi moroso e foi preciso ter uma enorme
resistência psicológica. Como forma de
exorcizar este processo vou publicar um livro e como não podia deixar de ser convidei José António, para estar ao
meu lado, para falar da obra que é um relato de tudo que se passou com
algumas nuances. Também é uma forma de
agradecimento pelo seu comportamento e postura.
Na vida sou grato e reconhecido. Reconheço que José António
perdeu mais do que eu, era presidente
da concelhia e deixou de o ser. Eu passei de candidato a não candidato, não perdi
nada. Para todos os efeitos não tive culpa nenhuma desta situação. Mas penso que este bater com a porta pode ser um até já . Em política o tempo é o melhor
conselheiro. Vamos ver…
Este livro, que funciona como forma de me libertar,
de vez, deste processo e não voltarei depois do dia 29 a tecer considerações
sobre este assunto. Para mim acabou!
Tenho coisas mais importantes na minha vida que me ocupam e fazem feliz.
JJ