10/03/2017

O PS-Braga "arrisca-se" a ganhar a Câmara de Braga após o estrondoso falhanço de Ricardo Rio!




António Fernandes 
Aqui chegados, há, no seio da Secção de Braga do Partido Socialista, três correntes de opinião:
1 - Estão criadas as condições para ganhar as eleições autárquicas em Braga.
2 - Tirar a maioria à coligação “Juntos por Braga” é uma hipótese.
3 - Não há condições, politicas e sociais, para ganhar as eleições em Braga.
Como disse o poeta: “O pensamento é livre como o vento”.
Nesta senda, cada um é livre de pensar o que muito bem quiser, no cenário que entender e na conjuntura política e social que muito bem ajuizar.
Aquilo que não pode escamotear é que o executivo de Ricardo Rio nada fez digno de registo em beneficio da comunidade bracarense e que o que fez (poucochinho) foi em beneficio de interesses.
Ora, como o cidadão eleitor não e tão ingénuo como alguns "comentadores futeboleiros de cadeira de café" consideram, com certeza que fará a avaliação merecida sobre o mandato de Ricardo Rio e seus pares.
Um mandato, a meu ver, inócuo na intenção e no conteúdo.
Um mandato completamente vazio porque a direita política esgotou as suas soluções políticas na História passada e por isso já não tem soluções políticas para tudo o que seja evolução; inovação; desenvolvimento; numa palavra: FUTURO!
Aquando da sua vitória eleitoral em 2013 e consequente instalação nos Órgãos do Poder Local, logo após as primeiras medidas de ação política, a perceção das suas limitações no conhecimento sobre a cidade e as suas gentes era de tal forma gritante que o tempo simplesmente se limitou a confirmar, rejeitando a população a “importação” de modelos alheios impossíveis de implementar por nada terem que ver com os hábitos, usos e costumes locais, continuando ao seu ritmo, a fazer a sua vida dentro dos parâmetros daquilo que é a normalidade local.
Ricardo Rio, falhou redondamente.
Como técnico na gestão da coisa publica. E como político experiente e responsável.
Quatro anos depois, o Partido Socialista depara-se com uma conjuntura policia que lhe é favorável:
- Fez obra;
- Elevou a cidade a um patamar de referência internacional nos mais diversos domínios;
- Proporcionou condições de qualidade de vida aos seus habitantes e a todos aqueles que se quiserem fixar na cidade que são motivo de orgulho de todos os Bracarenses;
- Implementou políticas sociais e de investimento nas freguesias do tecido periférico e rural que fomentaram o seu crescimento e a fixação das suas populações, combatendo a desertificação das freguesias.
- Esteve no centro do combate ä especulação imobiliária através de uma política de solos com preços abaixo dos preços médios de mercado de forma a que o preço final das habitações tenha sido acessível nos tempos áureos da construção civil.
- Criou as condições políticas para a instalação de centros nacionais e europeus do conhecimento alavancas da investigação e do desenvolvimento como o são a Universidade do Minho; o Instituto Ibérico de Nanotecnologias; e o crescimento da Universidade Católica assim como a melhoria em infraestruturas e equipamentos de todo o parque escolar desde o ensino pré-primário ao ensino secundário, mas também, no ensino profissional.
- Dotou a cidade de uma rede de parques industriais que permitiram tirar da zona urbana a industria para que se instalasse em locais aonde a logística e a operacionalidade lhes garantiam maior competitividade agilizando a produção e o escoamento dos seus produtos.
Entre um inumerável conjunto de outras medidas políticas e sociais que o PS-Braga promoveu e que os bracarenses não esquecem.
Também não esquecem os erros cometidos no percurso.
Porém, a questão central não está nos erros cometidos porque só não erra quem nada faz.
A questão central está em que as benfeitorias feitas ao longo dos anos foram gerais porque beneficiaram toda a população bracarense e os erros cometidos foram vicissitudes pontuais.
É este o cenário conjuntural que o PS – Braga terá de fazer valer no plano da campanha eleitoral que se avizinha para levar de vencida a eleição autárquica municipal.

No plano interno importa refletir sobre tudo aquilo que aconteceu nos últimos cinco anos dentro do partido.
Se o fizerem com inteligência, as conclusões que ajudarão a preparar o futuro, unidos, serão as de que ganhar a eleição para o município de Braga é uma consequência do redondo falhanço de Ricardo Rio à frente do Município. Falhanço político. Falhanço na gestão financeira do Município. Falhanço em todas as políticas setoriais com enfoque para as áreas da reabilitação urbana; cultura; social; transportes; alocação e alienação de património; em suma: limitou-se a posar para as objetivas dos fotógrafos ao ponto de se fazer acompanhar de um, e pensar, presumo, que somos uma cambada de parolos...