António Fernandes |
Dizem, ter feito, ou estar a
fazer, a Secção de Braga do Partido Socialista, uma auscultação de popularidade
na cidade sobre quatro das suas insignes figuras representativas, mais umas
perguntas periféricas.
Não percebe muito bem o cidadão
eleitor esta operação sombra de cujo resultado sairá, ou não, o candidato mais
popular do partido no Concelho.
Desde logo, esta atitude, dá
indicação ao eleitor de indecisão ou de disputa interna. O que acarreta risco
político ao passar para o eleitorado mensagem contrária ao pretendido que é:
CONFIANÇA!
Comportamento que levanta
questões simples:
- Confiará o cidadão eleitor em
quem tem reserva sobre os pares?
- Confiará o cidadão eleitor em
candidato que não conhece?
- Confiará o cidadão eleitor em
candidato sem carisma nem notoriedade política local?
Não sei se confia ou
não.
Aquilo que sei é que tenho vindo
a assistir a erros políticos que comprometem a eleição autárquica no Concelho e
nas Freguesias.
Também sei que este não é o
caminho de um partido que se assume como alternativa ao poder da direita
instalada no Município e nas freguesias da cidade.
Dirão alguns estar o partido a
aguardar o momento oportuno enquanto que outros dirão ter sido esse momento logo
após ter perdido a eleição para o Município.
Dirão alguns que o sentido de
oportunidade para lançar uma candidatura se deve considerar a cerca de nove
meses da eleição enquanto que outros dirão que essa distância era razoável
quando se estava no poder e que quando se está na oposição o candidato deve
fazer caminho a todo o tempo.
Mas, independentemente das
razões mais ou menos afoitas, para consumo interno, é crucial perceber que a
eleição não é para consumo interno. A eleição é para o Município de Braga e para
a Assembleia Municipal de Braga cujo candidato também já devia ter sido
indicado.
Porque, numa eleição Concelhia,
o peso da personalidade pode valer a eleição por si só. Tanto para o Município
como para a Assembleia.
Pensar que na atual conjuntura a
sigla é selo de garantia relevante é esquecer as condicionantes que fazem dos
Homens referência indelével da cidade por serviço prestado à comunidade com
altruísmo.
É pensar que um candidato se
fabrica a gosto pela propaganda esquecendo que o perfil quando idóneo dispensa a
propaganda e exige seriedade, transparência, proximidade, e sobre tudo, calor
Humano nas variáveis da compreensão e da solidariedade.
Aliás, se olharmos para o poder
principescamente instalado no Município, no topo de uma montanha imaginária em
que a sua base é um terreno movediço e os seus atores tentam a todo o custo
manter o equilíbrio que lhes permita segurar - se à tona da visibilidade
possível sem que consigam algo fazer em benefício do cidadão comum porque o
risco de se afundarem é eminente face ao descontentamento popular aonde pontuam
os seus apoiantes, concluímos que de pouco lhes adiantou fabricar um candidato
que não correspondeu aos seus anseios e objetivos. Porque a direita sabe que
para ser popular tem de fazer obra publica que sirva os eleitores, que não fez,
e que as politicas exclusivamente servis a interesses alheios aos dos agentes
económicos locais facilitando a sua localização e expansão, não disfarçam o
fecho e as dificuldades das atividades locais.
Condição que lhe pode custar a
eleição se a oposição lhe fizer frente com CONFIANÇA!