27/02/2017

O PS, a cidade e o futuro. O candidato sombra



António Fernandes
Dizem, ter feito, ou estar a fazer, a Secção de Braga do Partido Socialista, uma auscultação de popularidade na cidade sobre quatro das suas insignes figuras representativas, mais umas perguntas periféricas.
Não percebe muito bem o cidadão eleitor esta operação sombra de cujo resultado sairá, ou não, o candidato mais popular do partido no Concelho.
Desde logo, esta atitude, dá indicação ao eleitor de indecisão ou de disputa interna. O que acarreta risco político ao passar para o eleitorado mensagem contrária ao pretendido que é: CONFIANÇA!
Comportamento que levanta questões simples:
- Confiará o cidadão eleitor em quem tem reserva sobre os pares?
- Confiará o cidadão eleitor em candidato que não conhece?
- Confiará o cidadão eleitor em candidato sem carisma nem notoriedade política local?
Não sei se confia ou não.
Aquilo que sei é que tenho vindo a assistir a erros políticos que comprometem a eleição autárquica no Concelho e nas Freguesias.
Também sei que este não é o caminho de um partido que se assume como alternativa ao poder da direita instalada no Município e nas freguesias da cidade.
Dirão alguns estar o partido a aguardar o momento oportuno enquanto que outros dirão ter sido esse momento logo após ter perdido a eleição para o Município.
Dirão alguns que o sentido de oportunidade para lançar uma candidatura se deve considerar a cerca de nove meses da eleição enquanto que outros dirão que essa distância era razoável quando se estava no poder e que quando se está na oposição o candidato deve fazer caminho a todo o tempo.
Mas, independentemente das razões mais ou menos afoitas, para consumo interno, é crucial perceber que a eleição não é para consumo interno. A eleição é para o Município de Braga e para a Assembleia Municipal de Braga cujo candidato também já devia ter sido indicado.
Porque, numa eleição Concelhia, o peso da personalidade pode valer a eleição por si só. Tanto para o Município como para a Assembleia.
Pensar que na atual conjuntura a sigla é selo de garantia relevante é esquecer as condicionantes que fazem dos Homens referência indelével da cidade por serviço prestado à comunidade com altruísmo.
É pensar que um candidato se fabrica a gosto pela propaganda esquecendo que o perfil quando idóneo dispensa a propaganda e exige seriedade, transparência, proximidade, e sobre tudo, calor Humano nas variáveis da compreensão e da solidariedade.
Aliás, se olharmos para o poder principescamente instalado no Município, no topo de uma montanha imaginária em que a sua base é um terreno movediço e os seus atores tentam a todo o custo manter o equilíbrio que lhes permita segurar - se à tona da visibilidade possível sem que consigam algo fazer em benefício do cidadão comum porque o risco de se afundarem é eminente face ao descontentamento popular aonde pontuam os seus apoiantes, concluímos que de pouco lhes adiantou fabricar um candidato que não correspondeu aos seus anseios e objetivos. Porque a direita sabe que para ser popular tem de fazer obra publica que sirva os eleitores, que não fez, e que as politicas exclusivamente servis a interesses alheios aos dos agentes económicos locais facilitando a sua localização e expansão, não disfarçam o fecho e as dificuldades das atividades locais.
Condição que lhe pode custar a eleição se a oposição lhe fizer frente com CONFIANÇA!