Esta semana estive ao telemóvel a falar com Pinto Soares , director do Jornal de Matosinhos. Teceu rasgados elogios ao Clube dos Pensadores e eu agradeci a publicação das actividades do Clube com o destaque que tem dado. Apercebo-me das dificuldades de um jornal independente e que não está dependente do poder.
Lamento como mamedense e por inerência matosinhense, que possa dar-se o caso, do desaparecimento do Jornal de Matosinhos .
Se isso acontecer, será uma perda irreparável. Já me chega ter vivido em S. Mamede e sentir, que era Trás-os -Montes de Matosinhos, em que só se liga e olha para o mar e se esquece e ignora quem é mais do interior. Agora não haver imprensa local é o fim.
Todos nós sabemos como estas coisas se fazem a nível local. As instituições públicas, a começar pela câmara quando o que é escrito não lhes agrada mandam cortar na publicidade. Há publicidade institucional paga pelos impostos dos cidadãos matosinhenses que deve ser distribuída equitativamente pela imprensa local, e não , favorecendo uns em detrimento de outros.
Fico triste e lamento se o Jornal de Matosinhos desaparecer. O seu director Pinto Soares é um decano da imprensa ,mas mais do que isso, um oráculo que vai fazer 90 anos. Penso que deveria ser tratado de outra forma. Se Matosinhos ficar sem imprensa torna-se uma cidade amorfa, sem poder reivindicativo e sem massa cinzenta. Acho que Guilherme Pinto será o último a querer tal coisa , como bom democrata que é.
A democracia tem destas coisas, com a crise instalada fala mais alto o dinheiro e quem não nos contraria. Lamento!
JJ