24/02/2015

Juiz mantém Sócrates em prisão preventiva



Foto: Paulo Carriço/Lusa
Carlos Santos Silva, empresário amigo do antigo primeiro-ministro, também ficará preso preventivamente. Já o antigo motorista de Sócrates ficará em liberdade provisória.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva vão continuar em prisão preventiva no âmbito do processo "Operação Marquês", revelou à agência Lusa fonte ligada ao processo. 

O ex-motorista do antigo primeiro-ministro, João Perna, viu a medida de coacção de prisão domiciliária ser alterada para liberdade provisória, mediante apresentação semanal à autoridade policial. 

João Perna está ainda impedido, por decisão do juiz Carlos Alexandre, de viajar para o estrangeiro e de contactar com os restantes arguidos. 

José Sócrates e Carlos Santos Silva estão detidos desde 25 de Novembro de 2014. 

José Sócrates está em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Évora, indiciado pelos crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, num processo que tem ainda como arguidos o seu amigo de longa data Carlos Santos Silva e o advogado Gonçalo Trindade Ferreira. 

João Perna viu pela segunda vez ser-lhe atenuada a medida de coacção, desta vez de prisão domiciliária com pulseira electrónica para liberdade provisória mediante apresentações periódicas às autoridades da área de residência, estando também impedido de viajar para o estrangeiro e de contactar os outros arguidos. 

No sábado, o administrador da farmacêutica Octapharma, Paulo Lalanda Castro, fez saber, através de comunicado, que foi constituído arguido no âmbito da "Operação Marquês", depois de ter sido ouvido, "a seu pedido", pelo procurador Rosário Teixeira. 

O administrador da multinacional farmacêutica, onde o ex-primeiro-ministro José Sócrates trabalhou como consultor, ficou sujeito à medida de coacção de "termo de identidade e residência, como é de lei", referiu, na altura, o advogado Ricardo Sá Fernandes, em comunicado. 

Na segunda-feira, Sócrates deslocou-se ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa para ser ouvido como testemunha no âmbito de dois processos sobre violação de segredo de justiça.


Rádio Renascença