10/05/2014

Às vezes...

Às vezes queria dizer tanto, que termino num silêncio amordaçado.
Às vezes, nem quero dizer, apenas encostar-me na beira da janela e imaginar ver o mar.
Às vezes sonho, quando na verdade queria estar nele acordado.
Às vezes nem quero sonhar, penso naqueles que me fazem falta, e estico a mão para os alcançar.
Às vezes corro tanto, que iria muito mais longe se tivesse ficado.
Às vezes nem quero correr, tudo é demasiado para caber dentro, e escapa-se uma emoção salgada.

Às vezes… Tudo é saudade.

Luís Santos