Fernanda Vicente |
Vivo na Quinta de Miramar, no alto da Cantareira. Vim para cá em
Fevereiro de 2013. Havia gaivotas na minha varanda, pessoas alegres, festas nos
terraços sempre no respeito pelos outros. Apercebi-me que havia um problema no
edifício Galicia com as crianças. Uma inspectora tributária, Inês Amorim tinha
apresentado queixa à Urbifração, gestora deste condomínio, do menino que vivia
no 7º piso, por ruído excessivo. A vida complicou-se, porque os pais das outras
crianças não sabiam, como mantê-las em silêncio dentro de casa. Os avós tentavam
tirá-las de manhã e as crianças só podiam regressar depois das 17 H e permanecer
nos apartamentos durante as refeições, depois tinham de ficar na Rua Duarte
Barbosa a correr, andar de bicicleta ou conversar. Alguns decidiram jogar
futebol no pátio do prédio em frente, mas o porteiro desse prédio expulsava-os
e os moradores desse apartamento no rés-do-chão ameaçaram as crianças com a
polícia. Os pais revoltados, mas conformados arranjavam actividades, impedindo
as crianças de terem a noção de lar, de usufruírem do seu quarto, de verem
televisão, jogar playstation como as crianças de qualquer outra casa no Porto.
Um senhor reformados do 3º piso e outros, inclusive as empregadas de limpeza,
começaram a levar as crianças à força para o Parque da Pasteleira, para o
Passeio Alegre ou a correr à Volta dos diferentes prédios. A queixosa também
tinha uma filha, mas tirava-a de casa de manhã, punha-a em casa da avó e ficava
no quarto com o marido. Iam buscar a filha à noite após o jantar e deitavam-na
imediatamente. As famílias que viviam no meu prédio eram de bom nível social,
demasiado educados até para as exigências que lhes eram feitas, tal como
proibi-los de cantar na via pública ao domingo de manhã e obrigar os pais, mesmo
ao domingo a tirá-los de casa para irem jantar ao Mac Donalds, já que um acordo,
aplicável a condóminos, só permitia a utilização da cozinha durante três horas
ao almoço e ao jantar. Quando alguém aspirava, os vizinhos do lado e de baixo
saíam incomodados. As crianças eram utilizadas pelos pais para fazerem
comentários sobre os vizinhos. o senhor do 3º andar explicou que O empresário
Belmiro de Azevedo não gostava de crianças nem de deficientes e, portanto, as mães e as crianças não podiam andar à volta do prédio dele nem fazer barulho
nas escadas que conduzem ao Passeio Alegre. As famílias foram abandonando os
prédios da Quinta de Miramar. Uns regressaram a Vila do Conde, outros a Braga,
aldeias do interior, outras zonas da cidade ou de Gaia. Alguns mais jovens, por
não poderem ter vida conjugal em privacidade foram para Lisboa. Eu fui apelidada
de cega, psicótica, serial Killer , Teresa do Dancing Days, Menina das Ideias
Brilhantes e actualmente sou ELA. Por baixo do meu apartamento vivia um
jornalista da SIC Notícias e uma repórter freelancer. investigaram toda a minha
vida para publicarem um artigo na VISÃO e ajudarem-me na venda do apartamento de
onde fui expulsa em S. João Bosco pela Maria do Rosário Alves e a Maria Lucília
Simões que mantêm um processo criminal contra o meu filho alegando que ele
danificou uma mesita de esplanada de valor superior a 100€ e um pedacito de
guarda-sol de valor superior a 100 €. Por esses delitos foi condenado sem ser
ouvido nem as queixosas nem eventuais testemunhas a prestar 100 horas de
trabalho não remunerado a favor da comunidade. Paguei à Dra Filipa Alexandra
Sousa 500€ para o defender. Fui sempre recebida no edifício Burgo na Avenida da
Boavista. Ela passou-me um recibo de um escritório que não conheço na baixa do
Porto. Nada fez para defender o meu filho da acusação falsa. Queixei-me dela à
Ordem dos Advogados. Verifiquei que essa advogada foi integrada na Delgado
Associados, renunciou ao mandato de defesa junto do Ministério Público e pediu
aos serviços do Estado que informassem o meu filho da sua renúncia.
Não sei se alguma notícia sobre mim, o meu filho ou a Quinta de Miramar foi
publicada na Visão antes das eleições autárquicas, pois nessa altura, o
movimento na Quinta de Miramar era enorme, caravanas de automóveis de moradores
de São João Bosco e a tal Lucília, deslocavam-se aqui, perturbando a vida já
complicada dos moradores. Por todo o Porto havia perseguições de ambos os lados.
Tive medo de sair daqui e ainda não me sinto muito segura no Porto, pois em
vários locais ouço comentários dirigidos ao tal empresário e outros a mim,
provavelmente, devido à "tal publicidade" feita pela SIC/EXPRESSO/VISÃO de que
nunca tive conhecimento, pois tentei adquirir os exemplares na altura do
lançamento da Comunidade EDP, mas não os recebi nem o cartão Zon Mobile, nem os
extractos bancários nem a correspondência de amigos e familiares.
O apartamento de São João posto à venda em Janeiro de 2013 ainda não foi
vendido e já baixei de 145 000€ para 107 000€.
Continuo preocupada e gostaria que os membros do Clube dos Pensadores me
ajudassem a compreender o inferno em que a minha vida e a do meu filho se
tornou.