Não foi
há muito tempo que li, no jornal
Público, um artigo interessantíssimo sobre os
hábitos culturais dos portugueses.
Sabia
que não seriamos, propriamente, "bons alunos" no que diz respeito aos
hábitos de leitura, a idas a espectáculos (teatro, concertos), ao cinema, a uma
exposição ou museus, mais desconhecia que o cenário fosse tão escuro.
Segundo
um inquérito do Eurobarómetro sobre a participação em actividades culturais na
EU, Portugal surge no rodapé da tabela, ao lado de países como a Roménia e a
Bulgária. No pólo aposto, encontramos a Suécia, a Dinamarca e a Holanda, com
percentagens de participação em actividades culturais de 43%, 36% e 34%,
respectivamente.
Querem
mesmo saber a percentagem de cidadãos portugueses que têm uma actividade
cultural frequente?6%.
Será
que a crise sócio-económica que o país atravessa explica esta percentagem
diminuta? Também mas não só.
Precisamos
de educar os nossos filhos para as diversas manifestações culturais; as escolas
deverão incluir nos seus curriculos uma maior consciencialização cultural, para
além da pintura, do desenho, das figuras a compasso e régua. Tudo isto é tão
linear...
A saúde
de um país também se mede pela importância, pela voz (traduzida em
investimento) que oferece à cultura.
Sofia de Castro Sousa |
É que
sem cultura, tornamo-nos menos informados, menos proactivos, menos
participativos socialmente. É isso que queremos? Para nós e para os nossos
filhos?
Para
reflectir.
Nota de
rodapé: Q.C. = Coeficiente cultural