Ao 
contrário do que se passou  num debate com Miguel Relvas não houve tentativa de 
boicote. Houve sim , uma manifestação à volta de 10 pessoas com a duração de 
escassos minutos , que proferiram palavras de ordem como : demissão; governo 
para a rua ; assassinos, traidores e ladrões.
Evidentemente que houve 
aqui palavras que passam o limite do admissível mas isso é outra questão...  
Entendo o que os 
manifestantes pretendem : com um mínimo de esforço conseguem passar a sua dupla 
mensagem : criticar o governo e chamar à atenção para a manifestação nacional 
no dia 26 de Outubro do movimento Que Se Lixe a Troika . A 
presença massiva de órgãos de comunicação social nos debates faz o 
resto.
A comunicação social 
deveria passar o protesto mas também com a mesma ênfase o que se disse no debate 
por exemplo : acabar com as subvenções vitalícias dos políticos; normas para 
combater o enriquecimento ilícito ; medidas de segurança para os agentes de 
execução ou administradores de insolvência ; com a entrada do novo Código do 
Processo Civil, vai deixar de ser possível perder processos por questões 
formais: combate ao enriquecimento ilícito , etc., etc.O Clube dos Pensadores pugna pela liberdade na sua essência : quer seja de expressão , quer seja de reunião , quer seja de manifestação. Neste caso os protestos eram direccionados para o governo em geral , e não, para a Justiça ou para Paula Teixeira da Cruz.
Deste modo depois dos protestos o debate decorreu normalmente e como sempre controverso , aceso e com alguma tensão própria do formato do Clube : quem assiste ao debate e pede para intervir tem direito a perguntar ao convidado , neste caso, Ministra da Justiça o que entende , como entende, sem nada combinado ou constrangimento de qualquer espécie.
 Muitos acusam 
Joaquim Jorge e o Clube dos Pensadores de quererem mediatismo  porque convidam um 
Ministro ou pessoa importante ( aparentemente) , mas o que acontece , é uma 
qualquer  organização protesta e tem eco na imprensa. Mais ainda, tendo acesso 
livre e sem condições ao local da iniciativa.
O Clube é um open mind , e está no seu DNA a liberdade . Nunca deixaremos de fazer o que fazemos só porque há protestos. É normal, já tivemos uma ameaça de bomba com Jerónimo de Sousa e fez-se na mesma o debate.
Respeitamos os protestos desde que não colidam de todo com a nossa liberdade de reunião. Porém não concebemos a democracia sem discussão e debate de ideias.
Joaquim Jorge
 

 
 
 

