Pedro Almeida |
S.
João do Porto
Fui
ver o fogo à Ribeira do Porto, na noite de S. João. Curto, como a crise exige,
mas sempre bonito, perante o cenário em cascata que envolve o Douro.
Muita
malta nova presente. Os de meia idade quase não compareceram, ao contrário de
antigamente. A crise, não perdoa. Constantemente atacados por cortes nos
rendimentos, impostos, impostos de impostos, salvação de bancos fraudulentos,
negócios lesivos nas PPP’s e Swaps, tudo serve para espremer e esfomear o
português. E ele até se esquece de apreciar a vida.
A
crise, no entanto, não bateu à porta do corpo de intervenção da PSP. Seriam 12
carrinhas, cada uma com pelo menos 10 elementos musculados, paradas à saída do
tabuleiro da Ponte D. Luís. Os motins têm sido uma constante, no S. João, nos
últimos anos?!
Desgraçadas
as mentes que não descansam e se tornam constantemente paranóicas, quando há
interesses obscuros a defender nesse velho e nobre país- Portugal!
Já
muito depois do fogo, a polícia insistia em não deixar ninguém atravessar a
Ponte em direcção a Gaia. Só quem vinha para o Porto o podia fazer. Qual a razão,
se o tabuleiro da ponte estava dividido em 2 faixas e uma permanecia
vazio?Seria um exercício de Catling (técnica anti-motim), para os agentes praticarem para o que possa vir aí? Maldito S. João, que inspira sentimentos tão intranquilos!
A subir Mouzinho da Silveira, deparo-me com obras na rua, em toda a sua extensão. Fez-me lembrar o Porto Capital da Cultura. CAOS.
Rui
Rio queixa-se que o Governo não dá dinheiro à autarquia. Será que ainda não viu
que o país anda a tenir há 2 anos, com cortes por todo o lado? Ou será que Rui Rio
não repara no resto do país? Serão as suas críticas genuínas? Ou só está
interessado em confrontar Pedro Passos Coelho, do qual dizem que quer o lugar,
uma vez que já não se pode candidatar para a Câmara Municipal do Porto? Sim,
porque do Porto não se trata, uma vez que ele se vai.
Se
há que lutar pelos interesses do pais, têm que se por as guerrinhas de meninos
mimados de lado.Por aqui se vê que os políticos não estão preocupados com o país, mas sim com o seu progresso pessoal e com a sua ambição (leia-se ganância).