19/07/2013

António José Seguro

António José Seguro está metido numa alhada e enredo, envolveu-se numa situação difícil e embaraçosa.
 
Tinha tudo para sair vencedor de novas eleições e em defesa das sua posições : flexibilização das metas e alteração de medidas para atingir essas metas definidas ou a definir. Por outro lado , a coligação estava ou está em cisão e turbilhão

Porém num ápice Pedro Passos Coelho passou de um ente em decomposição e ganhou vida , ao contrário , António José Seguro parece um zombie.

António José Seguro ao aceitar negociar para um eventual acordo , a pedido de Cavaco Silva , presidente da República , torna-se uma faca de dois gumes.

É uma situação de difícil decisão ao escolher uma das opções : acordo , ou não acordo.

Se aceitar um acordo tem muitos socialistas contra si, como Mário Soares, Manuel Alegre e parte do grupo parlamentar que decidiu sair do Parlamento depois da votação da moção de censura dos Verdes. E provavelmente a maioria dos candidatos às Câmaras pelo PS, para não falar da esquerda situada no BE e PCP.

Mário Soares admite risco de cisão no PS ( socialistas saírem do partido), se houver acordo com o PSD e CDS. Alegando que tem que acabar a politica de austeridade, renegociar o memorando e apoio ao crescimento e emprego, no fundo, correr com este governo.

Se não aceitar acordo tem a direita contra ele , CDS , PSD e muita opinião pública apesar de não ser de direita.

Qualquer das decisões  pode-lhe acarretar algum prejuízo e perde sempre, pode sair  prejudicado e deixar as coisas piores do que estão , para o seu desígnio de ser primeiro-ministro.

António José Seguro só deveria ter aceite negociar com a mesa mais alargada, como forma de precaução e defesa das suas ideias até aqui defendidas.

Estes encontros do CDS, PSD e PS estão a ser mal equacionados , nesta tríade deveriam estar presentes Cavaco Silva que teve a ideia e a Troika. Os encontros deveriam ser chefiados por Pedro Passos Coelho, Paulo Portas ( causadores da crise) , António José Seguro, Cavaco Silva  e Troika ( não estes senhores que por aqui andam, mas  as chefias Christine Lagarde, Mario Draghi, Merkel,etc.) Durão Barroso não vale a pena pois é um verbo de encher e nunca foi capaz de defender as posições de Portugal , a nossa especificidade e dificuldades.

A situação não dá para segundas linhas e outros interlocutores.

Não sei como é possível chegar-se a um acordo sem alterar os cortes de 4700 milhões de euros?  Estão a discutir propostas e ideias que podem não ser aceites pelos nossos credores.

António José Seguro está como o tolo no meio da ponte não sabe para que lado deve ir e se demorar muito tempo a ponte pode cair...

JJ