09/05/2013

Reformas


Segundo li, os cortes podem atingir actuais reformados da função pública. Acho muito bem.

Não podemos viver num país até determinada data ( por exemplo 2005) em que um cidadão se reformou com determinados requisitos altamente favoráveis e com bonificações .

No lema tudo que está para trás fica assim e quem está para a frente ( depois de 2005) e arca com o ónus de tudo ( pensão penalizadíssima e muito mais idade para se reformar).

Não podemos viver dentro do mesmo país com vários tipos de reformados e pensionistas.

Deste modo o Governo deve  rever todo o sistema de cálculo das pensões, para trás ( com retroactividade ) . Deve lentamente convergir as  regras da Caixa Geral de Aposentações e da Segurança Social e não de supetão. Deve haver um período de transição. E evidentemente preservar as pensões mais baixas.

O Governo pretende cortar nas actuais pensões do Estado, aplicando um corte de 10% na parcela da pensão que foi calculada só com base no último salário. Não concordo.

Deve rever todas as pensões , em que o seu valor deve ser calculado pelos descontos feitos , e não, por benesses ou cargos exercidos.

Há muita gente que tem uma pensão que não condiz com os descontos feitos. É pegar numa folha Excel e rapidamente recalcular a pensão de cada pessoa.

Acabar com as subvenções vitalícias concedidas pelo Estado. E, não permitir que alguém que tenha uma pensão, possa acumular com um vencimento , antes de perfazer 65 anos.

Neste momento o país precisa de uma redefinição ética, cívica e moral. É preciso sentido comum e uma base moral honesta.

É preciso empenho em quem tem a responsabilidade e a autoridade de decidir , É preciso doses de equidade e exemplaridade para se ganhar confiança e dar-se a volta a este estado de coisas.

Como diz o sábio povo. « casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão» . É preciso distribuir o mal pelas aldeias , para as aldeias terem alguma coisa no futuro. Não podem uns ter tudo e outros nada . Uns de mãos nos bolsos e outros a carregar "heranças".

É legitimo redefinir os privilégios e distribuir os sacrifícios.

JJ