mas finalmente perceberam que é preciso mais tempo para se fazerem as coisas .
Os prazos para a diminuição do défice foram progressivamente adiados. No final deste ano Portugal terá de chegar aos 5,5%, em 2014 o défice orçamental tem de baixar para 4% e chegar aos 2,5% em 2015.
Portugal consegue mais um ano para ajustar o défice e consegue também mais tempo para concretizar os cortes de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado.
O calendário é agora alargado para 2016/2017.
Tanta relutância , medo e receio de pedir mais tempo. Deve-se premiar quem está a cumprir , e mais, quem nada teve a ver com este descalabro das contas públicas dos últimos anos.
Quando se assume uma dívida de outrem , tem-se muito mais facilidade e argumentos para se pagar de outra forma.
Este governo, assim se pede, e tem, que exigir mais tempo para pagar o que se deve.
Primeiro porque não foi ele que contraiu esta monumental dívida e depois porque está a cumprir com a sua palavra, isto é , a pagar aos seus credores.
Mas também tem que dizer alto e bom som que não pode acontecer como a um doente que morre da cura. A austeridade é uma terapia que está no seu limite - mais é contraproducente.
JJ