10/02/2013

Pensamentos

Há um grande desencanto, passados estes anos todos, desde 25 de Abril de 1974 , já passaram quase 39 anos. Depois daquele brilho começou a nublar-se , é o desencanto! Que se terá passado?

A feiura instalou-se nesta democracia ; aquele brilho, aquela esperança são inesquecíveis apesar da actual decadência.

Foi uma época de grande ilusão e de grande esperança

As pessoas queriam ser mais cultas, mais educadas e mais participativas.

A política era uma esperança agora um impedimento. A politica não; os actuais políticos.

Há uma desilusão e em parte somos responsáveis por ela.

Somos a geração da ilusão e da desilusão.

Somos a geração :« quem te viu e quem te vê»

Somos uma geração bizarra entre dois séculos , entre os os nossos pais -  trabalhadores,poupados , com património e os nossos filhos -noutra onda de vanguarda.

Somos uma geração entre duas maneiras distintas de pensar. 

A realidade é como uma enorme bofetada que nos foi dada em forma de crise económica.

Nas manifestações cartazes , gritos e palavras de ordem - Não nos Representam . Mostram este profundo fracasso.

A manifestação de 15 de Setembro foi muito interessante e  um estalido de civismo  mas desvaneceu-se.

Há também uma crise no modelo de representação com muitas sombras.

O povo já não se sente representado de nenhuma maneira e os políticos tão pouco sabem como nos representar.

Não estamos só numa crise económica , estamos também numa crise institucional : a política não é só gerir determinados pressupostos, mas também priorizar as necessidades sociais ( neste capítulo estamos a falhar redondamente)

A democracia não é mais do que um biombo do poder do dinheiro.

Vivemos um momento de ignomínia . Parece um guião de um filme que mudou de repente e não sabemos o novo guião...

JJ