Há um grande desencanto, passados estes anos todos, desde 25 de Abril de 1974 , já passaram quase 39 anos. Depois daquele brilho começou a nublar-se , é o desencanto! Que se terá passado?
A feiura instalou-se nesta democracia ; aquele brilho, aquela esperança são inesquecíveis apesar da actual decadência.
Foi uma época de grande ilusão e de grande esperança
As pessoas queriam ser mais cultas, mais educadas e mais participativas.
A política era uma esperança agora um impedimento. A politica não; os actuais políticos.
Há uma desilusão e em parte somos responsáveis por ela.
Somos a geração da ilusão e da desilusão.
Somos a geração :« quem te viu e quem te vê»
Somos uma geração bizarra entre dois séculos , entre os os nossos pais - trabalhadores,poupados , com património e os nossos filhos -noutra onda de vanguarda.
Somos uma geração entre duas maneiras distintas de pensar.
A realidade é como uma enorme bofetada que nos foi dada em forma de crise económica.
Nas manifestações cartazes , gritos e palavras de ordem - Não nos Representam . Mostram este profundo fracasso.
A manifestação de 15 de Setembro foi muito interessante e um estalido de civismo mas desvaneceu-se.
Há também uma crise no modelo de representação com muitas sombras.
O povo já não se sente representado de nenhuma maneira e os políticos tão pouco sabem como nos representar.
Não estamos só numa crise económica , estamos também numa crise institucional : a política não é só gerir determinados pressupostos, mas também priorizar as necessidades sociais ( neste capítulo estamos a falhar redondamente)
A democracia não é mais do que um biombo do poder do dinheiro.
Vivemos um momento de ignomínia . Parece um guião de um filme que mudou de repente e não sabemos o novo guião...
JJ