Portugal foi governado pelo PS que deixou um legado nas
finanças públicas que estamos a pagar com língua de palmo. O endividamento do
país duplicou e desbaratou-se milhares de milhões de euros sem um objetivo estratégico
com vista ao futuro.
Pedro Passos Coelho (PPC) ganhou as eleições, melhor dizendo,
perdidas por Sócrates, devido à falta de credibilidade que este exibia, com as
trafulhadas, mentiras e escândalos em que se envolveu. PPC chegou a dizer de
Sócrates o que o gato não diz do bofe. No entanto, para surpresa geral, PPC
está na mesma linha de conduta de Sócrates. O mesmo cinismo, arrogância,
mentira e incompetência para lidar com a governação.
Ora, num quadro destes, com as maldades que o Governo tem
presenteado os portugueses, o PS já deveria ter mais de 50% das intensões de
voto. Mas nada. Está um pouco à frente, porque é um partido que ainda recente
esteve à frente dos destinos do país e muitos dos seus integrantes, num país
com outra justiça e estariam a responder pelos crimes cometidos. A atual
liderança de José Seguro não é Segura nem confiável.
É puro populismo barato ao bom estilo da IURD.
O PS não tem estratégia nenhuma, nem sequer para ser
novamente governo. Ainda não disseram que Seguro será o próximo PM de Portugal
e que o povo português não vai tolerar mais um mentiroso?
Ainda não disseram aqueles senhores que o país está de tanga
e que sair do atoleiro vai ser difícil e penoso. Não será com a receita e
liturgia da casta dominante do momento, mas não será com o facilitismo
populista de Seguro.
Ainda não perceberam que as benesses que existem seriam
excelentes e todos gostaríamos, mas é preciso dinheiro e o país não tem receita,
porque há um Estado paquidérmico que devora tudo?
Ora é preciso fazer reformas estruturais que este Governo
não está a fazer, ou tem feito de forma minimalista e rudimentar. É preciso
modernizar a administração a sério, o ensino, a justiça, etc. Mas o Sr. António
José é muito Seguro a dizer que não é a favor.
É contra a fusão de freguesias e de municípios, é contra a
extinção de Institutos públicos, é contra a educação dual (em parceria com
empresas, como na Alemanha e outros países ricos) sobretudo para os estudantes
sem sucesso e que abandonam, mas que podem ter um percurso vocacional e útil ao
país, sem lhes ser negado o acesso à universidade, mais tarde. É contra
qualquer coisa que o governo proponha.
Este governo é mau, comunica pessimamente mal, mas algumas
ações e medidas fazem sentido. Mas Seguro é contra.
AJS devia aproveitar que o ónus odioso das reformas (são
sempre dolorosas e nada meigas) ficasse com este Governo, evitando que tenha de
assumir o governo e fazer as reformas não concretizadas, pois o país não tem
dinheiro e ponto final.
José Seguro deveria ser parceiro do Governo nas reformas
estruturais a serem feitas, numa posição de Estadista. Este governo
desassossega todos, quando deveria apenas desassossegar onde é preciso. Redução
de funcionários públicos em vez de cortar em todos. Eliminar Institutos
inócuos, redundantes, despesistas, que se justificam a si próprios, e não
todos. Eliminar as empresas municipais e as empresas públicas irrelevantes na
ação e relevantes na despesa e não produtivas, em vez de
cortar em todas, impedindo que as boas empresas façam investimentos e cresçam.
Mas Seguro é contra tudo. Vai ganhar as eleições e ter o país paralisado à
espera de reformas, tendo andado a prometer o céu e o facilitismo aos
portugueses.
Mário Russo |