17/09/2012

Paulo Portas / Pedro Passos Coelho


Depois desta crise na coligação , as coisas nunca mais vão ser como antes. Paulo Portas  exige que o agravamento das contribuições para a Segurança Social sejam negociadas com os parceiros sociais até ao Orçamento do Estado. No fundo é uma exigência para tudo ficar mais calmo.

Paulo Portas acha que ainda é possível recuar na TSU e reduzir o défice , com a venda de património do Estado, reduzir a despesa excessiva nas empresas públicas e actuar sobre a onerosidade pesadíssima das Parcerias Público-Privadas. 

A sua percepção está correcta , os sinais dados pelas manifestações de rua são um sinal inequívoco que as pessoas não vão parar o protesto. É preciso ver um objectivo claro para o esforço que estão a fazer. Um fim à vista , a austeridade não pode ser exigida ad eternum.
A bola agora está do lado do PSD e Pedro Passos Coelho. No fundo Portas diz a Passos Coelho , não provoco uma crise , não me vou embora mas tens que modificar as medidas tomadas.

A tensão aumentou , não há ruptura , para já . Há um governo de dois partidos em que um deles , CDS , acha que as coisas deveriam ir por outro caminho. 
O ónus da austeridade fica na totalidade para o PSD e o CDS sacode um pouco a água do capote 
. Agora é o PSD que reúne os seus órgãos do partido : comissão permanente e  comissão política nacional.

O governo já se viu não vai sair bem deste filme, só falta saber quem é o actor menos mau : Portas/ CDS ou Passos/ PSD.

JJ