19/03/2012

O ALÇAPÃO... da EDP

1.Quem estiver atento e suficientemente bem informado, é caso para fazer esta pergunta: Estarão os portugueses condenados a pagar, por muito tempo, "rendas excessivas" à EDP?Pergunta-se: Onde está a Ética dos governantes, tornando-se a política actual uma arena de abuso do poder?2.Recentemente o Ministro Álvaro reconhecia na entrevista ao Expresso que havia rendas excessivas e que se criaram sectores com um nível de protecção inaceitável. Que Portugal era um Estado de Direito e que nãorasgava contratos.
3.Estando o País numa situação, onde são pedidos cada vez mais sacrificios aoa portugueses, a ética dos governantes, não deeverá ser exemplar?
4.Não saberá o Sr. Ministro que numa situação de emergência social, em que as famílias e as empresas estão sobrecarregadas com impostos, muitas delas no limiar da pobreza e as empresas à beira das falências,cuja situação lhe dá legitimidade legal para alterar os contratos, pois, se há rendas excessivas, é porque os contratos têm cláusulas abusivas.
5.Por outro lado, o ministro das Finanças, Vitor Gaspar não queria "tocar" nos contratos, porque tornava, em termos de dinheiro, menos atractiva na venda aos chineses.
6. No acto da venda, não ficou acautelado a alteração desses contratos e agora, após a venda, o Ministro da Economia vem dizer que vai alterar os contratos? Pergunta-se.A falta de transparência dos actores políticos corrompe a democracia e poderá abrir a porta a um Sidónio Pais, como alvitrava, há poucotempo, Pacheco Pereira.7. Que negócios são estes em que o Estado é o grande perdedor e o "ZÉ" pagante continua a ser o "burro" de carga dos impostos?.8. Onde está a apregoada "equidade" lá para os lados de BELÉM, que rapidamente desapareceu do painel da nossa sociedade?9. Como diz o nosso POVO ou "há moralidade ou comem todos ou não come minguèm"
10.A juntar a tudo isto temos uma operação de cosmética em relação às offshores. O OE para 2012 prevê uma taxação de 30% para os capitais que vão para offshores.Mas Portugal tem acordos de troca deinformação em matéria fiscal com 15 delas, como as Caimão ou Jersey, o que exclui da lista a que se aplica o imposto.Basta optar por uma delas. 11.Em 2009 saíram de Portugal 16 mil milhões de euros para paraísos fiscais. São números publicados pelo FMI e pela OCDE. Mas o Ministério das Finanças só contabiliza 4,9 desse valor. E em 2010 e 2011? Quanto não saíu já? Visão de 10 a 16 de Novembro de 2011.12. A grande realidade é esta: "ASSIM NÃO VAMOS LÁ". Até quando a democracia sobreviverá?
13. Deixo a resposta, ao LEITOR.

António Augusto Ramos Calhau