12/02/2012

TRAGÉDIA GREGA


O momento que se vive em Portugal é um drama e é dramático. Eu já não me fio em nada, estamos a passar momentos inquietantes e a sentir medidas draconianas de austeridade sem precedentes para termos ajuda internacional. Ao que chegamos! Há uma grande desconfiança entre quem nos governa e quem é governado. O problema desta odisseia económica e social , os políticos portugueses estão a perder totalmente a sua credibilidade. Não podemos continuar com esta catadupa de cortes e mais cortes , num sistema de trabalho que consiste em promessas e mais promessas e no fim de contas passa a ser fácil e barato despedir.
Nas próximas eleições só votarei , em quem nos quiser governar assinar um documento escrito público com o que se compromete a fazer e se não o fizer assume a sua demissão de motu proprio. A política de saída desta crise é o sacrifício ou de outro modo o caos. Os sacrifícios deveriam ser mais suaves. O que se deveria combater seria a fraude fiscal e a fuga aos impostos. Devemos sacrificarmo-nos , apesar de achar que não tenho culpa nenhuma com o que os nossos governantes fizeram ao longo dos últimos anos, porém não podemos sacrificar tudo.
Portugal faz-me lembrar uma tragédia grega , em que os pais ( governantes) sentem algo como terem que matar os seus próprios filhos ( os portugueses), mas pode acontecer o contrário, ser os filhos a matarem os seus próprios pais se não houver mudança radical de política.

JJ