Os sindicatos admitem que a greve nos transportes, em protesto contra a reestruturação do sector, ficou aquém das expectativas, tendo afectado seis das oito empresas que entregaram pré-avisos.
Pelo que li, muitas empresas tiveram maior adesão, como a Transtejo, a Soflusa, o Metro de Lisboa e os STCP, porém outras, como a CP e a Carris, houve uma menor adesão.
Um mau começo para Arménio Carlos , novo líder da CGTP.
Tenho pugnado por uma mudança nos partidos políticos mas também seria importante uma mudança nos sindicatos. Os partidos já estão a soldo de interesses que nada têm que ver com política.
Os sindicatos são o último bastião da defesa dos trabalhadores , mas têm que modificar e reinventar as suas formas de luta e protesto.
Não se pode fazer greve pelo sim pelo não e por tudo e por nada.
Os trabalhadores já interiorizaram que não vale de nada fazer greve , tudo fica na mesma e o seu ordenado no fim do mês fica cortado com a perda de um dia de trabalho.
A ideia que passa é que não vale a pena e ninguém liga à luta ou à sua luta de protesto.
Muitos trabalhadores têm medo de serem perseguidos e perderem o seu emprego.
É preciso reinventar a forma de protestar e de reivindicar. Com este tipo de greve são tiros nos pés.
Se tivéssemos sindicatos que pagassem os dias de greve aos trabalhadores e essa greve fosse indeterminada até haver cedência de quem manda. Bem isso era outro assunto e teria eficácia.
De outro modo parafraseando uma frase popular «os cães ladram e a caravana passa».
Protestar por protestar já não funciona. O governo e as administrações dessas empresas dizem que é um direito- blá,blá, blá, mas ignoram e não mudam uma vírgula na sua política.
Quando se inicia um protesto deve ter como finalidade a exigência de negociação e cedência, de outro modo é melhor não fazer nada.
JJ